A espionagem cibernética


Hackers estão ficando mais sofisticados (Reprodução/Internet)

As grandes empresas que perdem dados para ciber-espiões em geral sabem de quem é a culpa. “Eles sempre são chineses”, afirma Snorre Fagerland da Norman Shark, uma empresa de segurança de Oslo. No entanto, em 20 de maio a empresa revelou que um ataque recente contra a Telenor, uma empresa de telecomunicação norueguesa e uma das maiores operadoras de telefonia móvel do mundo, provavelmente partiu da Índia. Embora o sul da Ásia abrigue diversos encrenqueiros, afirma Fargeland, ninguém havia pegado hacker indianos em flagrante em um ataque tão bem planejado.

O ataque da Telenor é apenas um de vários que os especialistas em segurança estão atribuindo a um único grupo indiano cujo nome provisório é HangOver. A maioria dos outros ataques foram voltados contra o Paquistão. Desde 2010 esses hackers têm escondido programas prejudiciais em documentos que supostamente contêm segredos do governo indiano, cujo objetivo presumido é infectar sistemas dos serviços de inteligência ou militares paquistaneses. Os grupos separatistas dentro da Índia também foram alvo de tais ataques.

O escopo está se alargando. Em 14 de maio um pesquisador presente em uma conferência de direitos humanos, a Oslo Freedom Forum, encontrou malware criado pela mesma gangue escondido no laptop de um ativista anticorrupção angolano (o programa estava capturando imagens da tela).

Embora trivial em si, esse arquivo passou despercebido pelas defesas geralmente robustas da Apple. Assim como a Telenor, o grupo parece ter desferido ataques contra empresas em mais de dez países, de setores tão diversos como mineração, automobilístico e hoteleiro. Tais pistas sugerem um círculo de espiões que rouba segredos por encomenda – sendo que os governos são apenas um tipo de cliente.

Outros hackers também estão ficando mais arrojados. A Mandiant, uma empresa de segurança, afirmou nesse mês que havia impedido o ataque de grupos iranianos contra alvos americanos. Um pico de ataques de ciber-espionagem de origem norte-coreana foi detectado por especialistas de segurança em abril. É o caso de perguntar se os hacktivistas sírios que recentemente sequestraram os perfis de redes sociais de diversos veículos ocidentais (inclusive o do Financial Times) coletaram dados à medida que avançaram com os ataques. The Economist

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