Meio Ambiente : Mudanças Climaticas...Opiniões Divergentes.
Duas opiniões sobre as mudanças climáticas
Na quinta-feira, 9, média diária de dióxido de carbono na atmosfera passou de 400 partes por milhão (Reprodução/Corbis)
MÁS NOTÍCIAS SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL
Nicholas Thompson, New Yorker
Na última quinta-feira, 9, a média diária da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, medida pelo observatório Mauna Loa, no Havaí, passou de 400 partes por milhão. De certa forma, trata-se de um marco sem importância. Sabemos que o CO2 atmosférico está aumentando e sabíamos que esse momento chegaria. Sabemos também que 400 não é muito diferente de 399 ou de 401.
Ainda assim, o número deve nos preocupar, se não nos chocar. Temos mais dióxido de carbono na atmosfera atualmente do que em qualquer momento desde o Plioceno, quando ainda havia florestas no norte do Canadá. E a concentração de CO2 atmosférico deve subir ainda mais, à medida que o nível dos oceanos sobe e temperaturas extremas se tornam rotina. Trezentos e cinquenta era a antiga meta, 450 é a nova. Mas qual a indicação que temos de que a contagem vai parar em 500, 600, ou até mais?
Nós fracassamos coletivamente. Os ativistas e os governos falharam. Um problema criado pelo mundo rico agora vai esmagar os países pobres. De certo modo, é uma falha dos poluidores e dos negadores das mudanças climáticas: as Exxon-Mobils, por exemplo, e a página editorial do Wall Street Journal.
Pedir sacrifícios individuais é bom para os países ricos do Ocidente. Devemos andar mais de bicicleta, desligar as luzes e comer menos carne. Mas o número de pessoas espalhadas pelo mundo que querem carros, luzes e carne aumenta a cada dia, e a maioria está em países que fizeram muito pouco para nos levar a 400 partes por milhão. Podemos pedir que a China faça um pouco mais, mas o Ocidente criou este problema através do seu insaciável apetite. Não podemos resolvê-lo agora exigindo o ascetismo dos outros.
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EM DEFESA DO DIÓXIDO DE CARBONO
Editorial do Wall Street Journal
De todos os compostos químicos do mundo, nenhum tem uma reputação tão ruim quanto o dióxido de carbono. Graças à demonização deste gás atmosférico natural e essencial por defensores de mais controle governamental sobre a produção de energia, o senso comum sobre o dióxido de carbono é que ele é um poluente perigoso. Isso simplesmente não é verdade. Ao contrário do que alguns nos querem fazer crer, o aumento do dióxido de carbono na atmosfera irá beneficiar o aumento da população do planeta, aumentando a produtividade agrícola.
A cessação do aquecimento global observada durante a última década mostra como são exageradas as previsões da Nasa e da maioria de outros institutos sobre o aquecimento global causado pelo homem e quão pouco este aquecimento tem correlação com as concentrações de dióxido de carbono atmosférico. Como muitos cientistas apontaram, as variações na temperatura global se correlacionam muito melhor com a atividade solar e com os complexos ciclos dos oceanos e da atmosfera. Não há a menor evidência de que mais dióxido de carbono tem provocado mudanças climáticas extremas.
Os níveis atuais de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, que se aproximam de 400 partes por milhão, é baixo para os padrões da história da evolução geológica e vegetal. Níveis eram 3 mil partes por milhão ou mais até o período Paleogeno (começando há cerca de 65 milhões de anos). Para a maioria das plantas e para os animais e os seres humanos que precisam do gás, mais dióxido de carbono, longe de ser um “poluente” que precisa ser reduzido, é um benefício. Isso já é amplamente reconhecido pelos operadores de estufas comerciais, que aumentam artificialmente os níveis de dióxido de carbono até mil partes por milhão ou mais para melhorar o crescimento e a qualidade de suas plantas.
Sabemos que o dióxido de carbono já esteve presente na atmosfera em concentrações muito maiores do que é hoje, e registros geológicos mostram que a vida floresceu na Terra e nos Oceanos naqueles tempos.A incrível lista de supostos horrores que o aumento do dióxido de carbono vai trazer ao mundo é pura ficção disfarçada de ciência. The New Yorker
Caro leitor,em quem você acredita e por quê?
Na quinta-feira, 9, média diária de dióxido de carbono na atmosfera passou de 400 partes por milhão (Reprodução/Corbis)
MÁS NOTÍCIAS SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL
Nicholas Thompson, New Yorker
Na última quinta-feira, 9, a média diária da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, medida pelo observatório Mauna Loa, no Havaí, passou de 400 partes por milhão. De certa forma, trata-se de um marco sem importância. Sabemos que o CO2 atmosférico está aumentando e sabíamos que esse momento chegaria. Sabemos também que 400 não é muito diferente de 399 ou de 401.
Ainda assim, o número deve nos preocupar, se não nos chocar. Temos mais dióxido de carbono na atmosfera atualmente do que em qualquer momento desde o Plioceno, quando ainda havia florestas no norte do Canadá. E a concentração de CO2 atmosférico deve subir ainda mais, à medida que o nível dos oceanos sobe e temperaturas extremas se tornam rotina. Trezentos e cinquenta era a antiga meta, 450 é a nova. Mas qual a indicação que temos de que a contagem vai parar em 500, 600, ou até mais?
Nós fracassamos coletivamente. Os ativistas e os governos falharam. Um problema criado pelo mundo rico agora vai esmagar os países pobres. De certo modo, é uma falha dos poluidores e dos negadores das mudanças climáticas: as Exxon-Mobils, por exemplo, e a página editorial do Wall Street Journal.
Pedir sacrifícios individuais é bom para os países ricos do Ocidente. Devemos andar mais de bicicleta, desligar as luzes e comer menos carne. Mas o número de pessoas espalhadas pelo mundo que querem carros, luzes e carne aumenta a cada dia, e a maioria está em países que fizeram muito pouco para nos levar a 400 partes por milhão. Podemos pedir que a China faça um pouco mais, mas o Ocidente criou este problema através do seu insaciável apetite. Não podemos resolvê-lo agora exigindo o ascetismo dos outros.
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EM DEFESA DO DIÓXIDO DE CARBONO
Editorial do Wall Street Journal
De todos os compostos químicos do mundo, nenhum tem uma reputação tão ruim quanto o dióxido de carbono. Graças à demonização deste gás atmosférico natural e essencial por defensores de mais controle governamental sobre a produção de energia, o senso comum sobre o dióxido de carbono é que ele é um poluente perigoso. Isso simplesmente não é verdade. Ao contrário do que alguns nos querem fazer crer, o aumento do dióxido de carbono na atmosfera irá beneficiar o aumento da população do planeta, aumentando a produtividade agrícola.
A cessação do aquecimento global observada durante a última década mostra como são exageradas as previsões da Nasa e da maioria de outros institutos sobre o aquecimento global causado pelo homem e quão pouco este aquecimento tem correlação com as concentrações de dióxido de carbono atmosférico. Como muitos cientistas apontaram, as variações na temperatura global se correlacionam muito melhor com a atividade solar e com os complexos ciclos dos oceanos e da atmosfera. Não há a menor evidência de que mais dióxido de carbono tem provocado mudanças climáticas extremas.
Os níveis atuais de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, que se aproximam de 400 partes por milhão, é baixo para os padrões da história da evolução geológica e vegetal. Níveis eram 3 mil partes por milhão ou mais até o período Paleogeno (começando há cerca de 65 milhões de anos). Para a maioria das plantas e para os animais e os seres humanos que precisam do gás, mais dióxido de carbono, longe de ser um “poluente” que precisa ser reduzido, é um benefício. Isso já é amplamente reconhecido pelos operadores de estufas comerciais, que aumentam artificialmente os níveis de dióxido de carbono até mil partes por milhão ou mais para melhorar o crescimento e a qualidade de suas plantas.
Sabemos que o dióxido de carbono já esteve presente na atmosfera em concentrações muito maiores do que é hoje, e registros geológicos mostram que a vida floresceu na Terra e nos Oceanos naqueles tempos.A incrível lista de supostos horrores que o aumento do dióxido de carbono vai trazer ao mundo é pura ficção disfarçada de ciência. The New Yorker
Caro leitor,em quem você acredita e por quê?
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