UMA INFLAÇÃO BOLIVARIANA

Inflação na Venezuela deve atingir 1 milhão por cento em 2018

De uma forma geral, a região da América Latina deve crescer 1,6% em 2018 e 2,6% em 2019 (Foto: Wikimedia)

A inflação anual da Venezuela deve alcançar 1.000.000% (1 milhão) em 2018, segundo um novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na última segunda-feira, 23. Além da inflação, foi previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) do país pode sofrer uma retração de 18%.

De acordo com o FMI, a situação econômica da Venezuela pode ser comparada a da Alemanha em 1923 ou do Zimbábue no fim dos anos 2000. O órgão cita o grande fluxo migratório de venezuelanos, que fogem do país em busca de uma melhor condição de vida, devido ao “colapso da atividade econômica, a hiperinflação e à crescente deterioração na provisão de bens públicos, bem como a escassez de alimentos”.

O FMI vê a situação da Venezuela como preocupante, destacando que é o terceiro ano seguido que a economia do país terá uma retração de dois dígitos. O órgão internacional destaca que essa recessão é alavancada pela queda na produção de petróleo e desequilíbrios macroeconômicos. Em 2016, a Venezuela teve uma retração de 16,5%, e, em 2017, de 14%. A previsão para 2019 é de uma nova retração de 5%.

Por fim, o FMI ainda acredita que a crise vivida pela Venezuela impacta nos países vizinhos, como Brasil e Colômbia, que têm recebido um grande fluxo de imigrantes. Devido a situação da Venezuela, o relatório também expõe o dado de crescimento da América Latina sem contar com a economia do país. Caso os venezuelanos sejam retirados da equação, o crescimento da América Latina seria de 2,3%, em 2018, e 2,8%, em 2019.

Já a América do Sul tem uma previsão de crescimento de 1,1% para 2018 e de 2,4% para 2019. Caso a Venezuela fosse retirada do cálculo, a perspectiva seria de 2,1% para 2018 e 2,7% para 2019.

Demais países

De uma forma geral, a região da América Latina deve crescer 1,6%, em 2018, e 2,6%, em 2019, o que está abaixo de previsões anteriores, mas acima do crescimento de 2016 e 2017. Segundo o FMI, o crescimento está acelerando em alguns países, mas a recuperação em outros está se tornando mais complicada por causa das suas vulnerabilidades.

O Brasil, por exemplo, teve uma previsão de crescimento reduzida de 2,3% para 1,8% por um conjunto de fatores. Já na Colômbia, o crescimento deve ser de 2,7% devido ao consumo privado e às exportações, em 2018, e de 3,6% em 2019.

“Alguns países exportadores de commodities estão desfrutando de uma recuperação na confiança dos empresários e consumidores, alimentando uma demanda doméstica mais alta. […] No entanto, espera-se que a demanda doméstica enfraqueça em algumas grandes economias, refletindo a incerteza política relacionada às próximas eleições ou os efeitos do aperto de política de curto prazo”, destaca o relatório.

A Argentina deve ter um crescimento de 0,4%, em 2018, e 1,5%, em 2019. Já o Chile deve ter a sua economia alavancada em 3,8%, em 2018, e em 3,4%, em 2019. O México, por sua vez, deve crescer 2,3%, em 2018, e 2,7%, em 2019. O Peru, que teve um forte crescimento nos últimos anos, deve ter sua economia alavancada em 3,7%, em 2018, e 4,1%, em 2019.FMI

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