5° DIMENSÃO

Físicos querem provar a existência de uma quinta dimensão

(Pixabay)

Quantas dimensões você conhece? Para a maioria das pessoas, são três: altura, largura e profundidade. Mas, para físicos de todo o mundo, o número pode ser muito maior.

Além das três já citadas, o tempo é considerado uma quarta dimensão. E não para por aí. Físicos estão trabalhando para comprovar a existência de uma quinta dimensão.

O que é uma dimensão?
“Você precisa entrar na mentalidade dos físicos para entender a que eles se referem quando falam a palavra ‘dimensão’. Nós tendemos a acreditar que uma outra dimensão é um lugar aonde você vai e é possuído por criaturas estranhas. Uma dimensão é simplesmente uma direção no espaço. Neste momento, nós conhecemos três, que poderíamos chamar de ‘para cima-para baixo’, ‘para a esquerda e para a direita’ e ”para a frente e para trás’”, explica o físico Sean Carroll, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Carrol acredita que existem diversas dimensões e que elas estão “escondidas”, podendo ser muito pequenas ou muito grandes, o que nos impede de enxergá-las. Mas, afinal, porque muita gente acredita que existam outras dimensões?

“Uma razão muito convincente é que realmente não entendemos por que a força da gravidade é muito mais fraca do que as outras forças fundamentais que experimentamos. Se eu te der um ímã de geladeira e uma chave qualquer, o ímã levantará a chave com muita facilidade. A força magnética desse pequeno ímã supera a força da gravidade da Terra, que é enorme, que puxa a chave na direção oposta”, explica a física de partículas Rakhi Mahbubani, em entrevista à BBC Brasil.

(Pixabay)

Para a especialista, o que sabemos hoje é uma questão de perspectiva.

“Imagine um canal estreito e comprido, com barcos de diferentes tamanhos navegando nele. Se você tem um navio de cruzeiro enorme que ocupa quase toda a largura, você só pode se mover ao longo do canal, você não tem a possibilidade de se mover dos lados, na largura, então a partir da perspectiva daquele cruzeiro o canal tem apenas uma dimensão. Se o que você tem é um veleiro, você pode ziguezaguear. Do ponto de vista do veleiro, o canal tem duas dimensões. Já se você viajar em um submarino, você experimentaria tanto o comprimento quanto a largura e também a profundidade. A partir dessa perspectiva, o mesmo canal tem três dimensões”, detalha.

Mahbubani conta que há uma hipótese que defende que a gravidade, assim como acontece com os submarinos, pode apresentar dimensões adicionais. “Ela se dissipa nessas outras dimensões e é por isso que sentimos que ela é muito fraca”, aponta a especialista.

Mais dimensões
A ideia de que existam dimensões adicionais não é nova. Ela data de 1854, quando o matemático alemão Bernhardt Riemann mostrou que poderiam existir mais de três dimensões na geometria. Com a mesma ideia, o matemático britânico Charles Howard Hinton, projetou um cubo de quatro dimensões, que recebeu o nome de tesserato.

Ela também apareceu em obras de Oscar Wilde, Marcel Proust e HG Wells e inspirou até mesmo artistas como Picasso, que buscou mostrar mais dimensões em sua arte.

Até hoje, ninguém foi capaz de provar a existência de mais dimensões. Essa é a proposta do CERN E, o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear.

Partículas
Para atingir o objetivo, os cientistas precisam descobrir uma maneira de encontrar as menores partículas fundamentais do universo. Uma das opções é o uso de um acelerador de partículas chamado de Grande Colisor de Hádrons, que dispara as partículas em uma velocidade extremamente alta – quase a da luz.

A ideia é que, quando os prótons colidem, eles conseguem criar outros tipos de partículas, incluindo, em probabilidade, uma nova partícula, apelidada de gráviton.

Grávitons
Fundamentos da física quântica explicam que cada força possui uma partícula específica que a transporta, como a luz transportada por fótons. A teoria então sugere que os grávitons sejam os responsáveis por transportar a gravidade.

Por enquanto, tudo não passa de suposição. “Se nós não as vemos, isso não significa que elas não estão lá, mas que nossos experimentos ainda não são bons o suficiente. Se continuarmos tentando, vamos achar algum dia”, diz Carrol.BBC

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