FMI terá recursos garantidos pelo G20


Reunidos em Paris, líderes do G20 se comprometeram a ajudar o FMI

O G20, grupo que reúne os países mais ricos e as principais economias emergentes do mundo, se comprometeu a garantir que o Fundo Monetário Internacional (FMI) disponha de recursos adequados, de acordo com o comunicado final da reunião ministerial realizada neste sábado, 15, em Paris. O grupo prometeu ainda analisar profundamente o assunto na cúpula de Cannes nos dias 3 e 4 de novembro.

Brasil, China e Índia deixaram claro que estão dispostos a apoiar os países europeus em problemas fiscais através do FMI, com o objetivo de tentar colocar uma barreira no contágio da dívida a países como Itália ou Espanha, que ameaça o crescimento da economia mundial. No entanto, países como Estados Unidos e Alemanha são contra esta opção.

A situação dos países da zona do euro, com a crise da dívida soberana e suas conseqüências para o crescimento mundial, preocupa as lideranças reunidas em Paris. O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, advertiu que a crise pôs “em jogo o papel da Europa no mundo”, e afirmou que, para enviar uma mensagem concreta de compromisso com uma solução, será preciso antecipar o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

O mecanismo teria de entrar em operação em meados do próximo ano e não em 2013, uma alternativa para evitar riscos de contágio da crise grega da dívida, revelou Durão Barroso, que lembrou ainda que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira já está operando, ou seja, está disponível para a recapitalização do setor bancário europeu e para “intervir nos mercados secundários para evitar a contaminação”.

Estados Unidos e Canadá se opõe à ampliação da rede de segurança

Nas reuniões prévias foram mencionadas diversas propostas, como a antecipação do pagamento das cotas dos países do G20 como membros do FMI para duplicar os recursos ordinários e a ampliação da rede de segurança financeira mundial. A iniciativa implicaria na antecipação do calendário original de pagamentos e daria ao fundo monetário a capacidade de crédito de US$ 750 bilhões.

Mas esta idéia conta com uma aprovação legislativa de trâmite complicado, e alguns países, como os Estados Unidos e o Canadá, mostraram oposição à duplicação dos recursos do FMI, pois a vêem como um obstáculo para que os países da zona do euro tomem medidas integrais para reverter a crise.

Além dos ministros do G20, assistiram à reunião representantes de outros países e de instituições como o FMI, o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Fonte: Folha.com

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