Japão aposta no setor cultural

Jovens em Harajuku, o distrito da moda de Tóquio (Reprodução/TravelPix)

O Japão está investindo pesadamente em setores alternativos para impulsionar o crescimento econômico, focando particularmente no mercado criativo, como moda, gastronomia, música e animações.

O objetivo é aumentar as “exportações culturais” do Japão para ¥ 11 trilhões (US $ 140 bilhões) até 2020, quase o mesmo montante que o país arrecada com exportações de automóveis.

Infelizmente, nas mãos de funcionários públicos, os planos para conquistar essa meta não são exatamente animadores. Um marco para a chamada Campanha Cool Japan é, desconcertantemente, uma reunião do FMI e do Banco Mundial em Tóquio no próximo ano.

Ainda assim jovens designers, artistas, chefs e estrelas da música aderiram ao movimento. Takashi Koyama, uma designer de moda, explica que as tendências mais quentes e comercializáveis do Japão são muito de nicho para expandir no exterior por conta própria. Sem a influência do METI, as marcas japonesas seriam copiadas por rivais mais baratos na Coreia do Sul, que têm expandido suas exportações de forma mais agressiva nos últimos anos. “Se nós não começarmos a vender mais no exterior, vamos perecer”, pontuou Koyama.

Em 7 de outubro 14 pequenas marcas de roupas japonesas, financiadas pelo METI, inauguraram a Campanha Cool Japan abrindo uma loja temporária em Cingapura chamada Harajuku Street Style, em homenagem ao distrito da moda de Tóquio. O objetivo não era apenas promover as marcas japonesas, explica Koyama, mas exibir a “atmosfera” da moda no Japão, caracterizada por uma atitude totalmente aberta à mistura de estilos. “Sem regras, sem normas”, descreve Koyama.
Fonte: Economist