Censo 2010


Censo 2010: taxas de analfabetismo e de fertilidade caem

Nos últimos 10 anos a taxa de analfabetismo na população com mais de 15 anos caiu de 13,6% para 9,6%. É o que apontam os Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira, 16.
Na área urbana, o analfabetismo diminuiu de 10,2% para 7,3% da população, enquanto que nas áreas rurais, o indicador passou de 29,8% para 23,2%. Entre os Estados ainda há bastante desigualdade, enquanto que o Distrito Federal, que teve o menor índice, apresentou 3,5%, Alagoas, com maior taxa, apresentou 24,3%.
Na comparação com os dados do último censo, os maiores avanços na diminuição do analfabetismo entre a população a partir de 15 anos se deram nas regiões Norte (de 16,3% para 11,2%) e Nordeste (de 26,2% para 19,1%). As demais regiões também reduziram suas taxas. Na região Sul a queda foi de 7,7% para 5,1%, no Sudeste foi de 8,1% para 5,4% e no Centro-Oeste ela foi de 10,8% para 7,2%.
Mesmo com o avanço, o Brasil ainda apresenta um índice alto de analfabetismo. Segundo dados do Banco Mundial, a taxa de analfabetismo no Zimbábue, país com PIB per capita igual a 5% do brasileiro, era de 8,14% em 2009. Segundo as estatísticas, a menor taxa no mundo é a de Cuba, com 0,17%, e a maior é a do Chade, com 66,39%. A média mundial ficou em 16,32%.

Renda

Os dados do censo apontam também a ligação direta entre renda e a escolaridade. Entre as crianças brasileiras de 10 a 14 anos, 3,9% ainda não estavam alfabetizadas em 2010, o que representa cerca de 671 mil crianças. Em 2000, esse número era de 1,2 milhão de crianças, ou 7,3% do total. No entanto, entre as crianças de famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo, a taxa chega a 17,5%. O número cai para 12,2% nas que vivem com renda de um quarto até meio salário, para 10% nas de meio a um salário, e para 3,5% nas de um a dois salários.
A taxa de analfabetismo prosseguiu em queda nas faixas de renda maiores, passando de 1,2%, na nas famílias de renda de 2 a 3 salários mínimos, a 0,3%, na de 5 salários mínimos ou mais. Entre os jovens de 15 a 19 anos, a taxa foi de 2,2% em 2010, melhorando em relação à de 2000, quando era de 5%.

Mulheres

O censo também revelou que as mulheres brasileiras estão tendo menos filhos e adiando a primeira gravidez. No entanto, ainda ganham menos que os homens.
Em 2000, a taxa de fertilidade era 2,38 e, em 2010, caiu para 1,86, tendência que foi verificada em todas as regiões do Brasil. Além disso, a proporção de nascimentos entre as mulheres mais jovens também caiu. Em 2000, 19% dos nascimentos ocorriam na faixa etária de 15 a 19 anos e 29% na faixa etária de 20 a 24 anos. Esses percentuais caíram respectivamente para 18% e 27%.
No quesito renda, a pesquisa mostrou que em 2010 a renda das mulheres era apenas 70% da renda dos homens. O rendimento médio mensal das mulheres foi calculado em R$ 983, enquanto a dos homens foi de R$ 1.392.

Censo

Os cerca de 190 mil recenseadores do Censo 2010 do IBGE, visitaram mais de 5.500 municípios brasileiros, entrevistando representantes de 67,5 milhões de domicílios. A pesquisa foi feita no período de 1º de agosto a 31 de outubro –outras 899 mil residências foram consideradas fechadas.
Os primeiros dados do censo, que apontou uma população de 190 milhões de pessoas, foram revelados em abril deste ano. Nesta quarta-feira, 16, o IBGE divulgou dados consolidados e novos recortes nas estatísticas.
Fonte: Folha de S. Paulo

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