Novo projeto estuda alcance e gravidade da gripe


Flu Survey vai funcionar em dez países (Reprodução/Alamy)

Enquanto a temporada de gripe tem início no Hemisfério Norte, milhões de pessoas vão correr para os computadores em busca de informação, orientação e remédios. Desde 2008 o Google tem usado esses registros para buscar doenças relacionadas à gripe — ou ILIs, na sigla em inglês, como sintomas não identificados por um teste viral definitivo são conhecidos nos EUA — entre os seus usuários ao redor do mundo. O Google Flu Trends mostra gráficos modernos e mapas coloridos que mostram a intensidade e o progresso de cada epidemia sazonal. Entretanto, este método não é perfeito.
Para que esteja correto, o Goggle tem de ajustar seus algoritmos regularmente, para combinar com a incidência da doença no mundo. Para isso ele depende de dados providos pelo Centro Norte-Americano para Prevenção e Controle de Doenças, e por instituições similares de outros países. Mas países diferentes têm diferentes culturas de registro. O sistema também é dado a falsos alarmes. Quando a pandemia de gripe suína H1N1 roubou as manchetes no verão de 2009 as buscas no Google bateram na estratosfera mesmo antes que a maioria das pessoas se sentisse doentes.
John Edmunds, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e seus colegas esperam que eles possam ser capazes de fazer melhor, recrutando voluntários com antecedência para um projeto de “Ciência Cidadã” que tem por objetivo descobrir o quanto realmente existe de gripe por aí, como ela se espalha, e o quanto as vacinas antigripe são eficazes.
O chamado FluSurvey é o primeiro deste tipo de projeto a perguntar a pessoas pela Europa para assinalar e reportar resfriados, ou sintomas relacionados à gripe, no inverno. Ele vai funcionar em dez países, colocando questões idênticas. Os organizadores esperam recrutar 50 mil participantes. Edmunds também espera que ele vá capturar o tipo de informação que os epidemiologistas desejam, mas que o Google Flu Trends não pode oferecer. Esses dados elusivos incluem idade e sexo dos afetados, e se eles fazem parte de algum grupo de risco, como serem asmáticos. O projeto deve ajudar também a capturar novos fluxos que apresentem sintomas incomuns, como a diarreia súbita que era associada à gripe suína.
Fonte: Economist

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