ACORDO SELADO

Itália entra para a nova Rota da Seda da China

Acordo foi assinado em Roma, no último sábado, 23 (Foto: Xinhua)

Os governos da Itália e da China assinaram no último sábado, 23, um memorando de entendimento “não vinculativo” que selou a entrada da Itália no projeto da nova Rota da Seda – uma iniciativa de proporções faraônica do governo chinês que tem deixado em alerta Washington e a União Europeia.

O acordo foi assinado em Roma, durante um encontro do presidente chinês Xi Jinping com o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte. Além do memorando, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento da China, He Lifeng, e o ministro italiano do Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, assinaram 29 contratos referentes às áreas de infraestrutura e energia. Segundo a imprensa italiana, os acordos firmados representam investimentos que giram em torno de cinco a sete bilhões de euros.

Com a assinatura do acordo, a Itália se torna o primeiro país do G7 a integrar a iniciativa chinesa, lançada em 2013. A iniciativa tem como objetivo reviver a antiga Rota da Seda, conectando o comércio e a integração, através de portos e ferrovias. Com uma expectativa de investimento na casa dos US$ 900 bilhões, em um período de 30 anos, a iniciativa é o maior investimento estrangeiro já tocado por um único governo, e abrange 65 países cortados pela rota.

No entanto, a iniciativa é vista com desconfiança por parte do governo americano e de alguns membros importantes da União Europeia, como França e Alemanha, que, entre outros pontos, criticam a falta de transparência e as condições desleais que o projeto gera à concorrência. Além disso, EUA e UE temem que a iniciativa seja mais um estímulo ao projeto de expansão de poder e influência da China, liderado pelo governo de Xi Jinping.

O governo americano se posicionou sobre a entrada da Itália no projeto logo após a assinatura do acordo. O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Garrett Marquis, chamou a nova Rota da Seda de “projeto de infraestrutura vã da China” que “não beneficiaria o povo italiano”.AFP

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