MEC APÓS CRÍTICAS

MEC recua e retoma avaliação de alfabetização de crianças

O MEC tem sofrido mudanças desde o início do governo (Foto: Sumaia Vilela/Agência Brasil)

Após decidir não avaliar o nível de alfabetização das crianças brasileiras neste ano, o Ministério da Educação (MEC) voltou atrás e anulou a medida. A portaria anterior previa as novas regras para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Segundo a decisão anterior, publicada na última sexta-feira, 22, o nível de alfabetização das crianças brasileiras não seria avaliado até 2021. A medida contradizia o que fora proposto pelo ex-presidente Michel Temer, em dezembro de 2018. O então presidente afirmou que passaria a verificar a alfabetização mais cedo, aos sete anos de idade. A portaria, porém, havia excluído essas crianças das provas nacionais e das provas de Matemática.

O Saeb, criado em 1990, aplica os testes de Português e Matemática. Com esses resultados, o MEC consegue calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é considerado como o grande indicador de qualidade do ensino do país.

A nova decisão foi assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e publicada no Diário Oficial da União. Apesar da mudança, as informações sobre a data do exame e diretrizes ainda não foram divulgadas.

Secretária pede demissão

A secretária de Educação Básica, Tânia Leme de Almeida, pediu demissão de seu cargo no MEC na última segunda-feira, 25. O Ministério da Educação confirmou o pedido através de uma nota, mas não informou o motivo que levou a saída da secretária.

A Secretaria de Educação Básica é responsável pela educação infantil, ensino fundamental e médio. O MEC tem passado por algumas mudanças desde o início do governo. A Casa Civil publicou, em uma edição extra do Diário Oficial da União do último dia 11 de março, a exoneração de seis funcionários, incluindo o chefe de gabinete do ministro. Na mesma edição, três dos seis cargos receberam nomeações.

Um dia após a decisão, Vélez exonerou Luiz Antônio Tozi de seu cargo de secretário-executivo, que era considerado o “numero 2” do MEC. Através das redes sociais, indicou que o substituto seria Rubens Barreto.

Mais tarde, no último dia 14 de março, Vélez declarou que o cargo da Secretaria-Executiva seria ocupado por Iolene Lima, mas ela nunca chegou a ser oficialmente nomeada. Na última sexta-feira, 22, ela declarou através de seu Twitter que não faria mais “parte do grupo do MEC”.Agência Brasil

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