EDUCAÇÃO ALFABETIZAÇÃO
MEC não irá mais avaliar alfabetização de crianças aos sete anos
Portaria publicada nesta segunda-feira, 25, exclui a avaliação na faixa etária (Foto: EBC)
O Ministério da Educação (MEC) não irá realizar neste ano a avaliação do nível de alfabetização das crianças brasileiras. O fato contraria o que foi decidido, em dezembro do ano passado, pelo governo do ex-presidente Michel Temer.
Em 2018, por conta do baixo desempenho escolar das crianças brasileiras, a gestão de Temer informou que passaria a verificar a alfabetização infantil mais cedo, aos sete anos de idade (2° ano do ensino fundamental), em uma prova que seria realizada em outubro deste ano. Porém, uma portaria publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 25, excluiu crianças de sete anos das provas nacionais. Elas também não farão os exames de Matemática.
A portaria – que é assinada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) – determina que a avaliação de alfabetização que estava prevista para este ano será feita somente em 2021. O Instituto afirma que a decisão foi tomada devido a um pedido da Secretaria de Alfabetização do MEC, que aguarda pela implementação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além de também aguardar pelo ajuste das políticas de alfabetização propostas pelo governo Bolsonaro.
Pelo menos metade dos estudantes do 3° ano do ensino fundamental tem desempenho insuficiente nas provas de leitura e matemática. Os estudantes não conseguem compreender a finalidade de um texto ou até mesmo localizar uma informação explícita.
Sem a avaliação, não será possível comparar o progresso ou retrocesso escolar das crianças em relação às avaliações anteriores, feitas em 2014 e 2016.
A decisão do MEC é contraditória ao planejamento do novo governo, que havia estabelecido uma meta para os 100 primeiros dias, na qual a intenção era lançar um projeto de alfabetização batizado de “Alfabetização Acima de Tudo”.
As avaliações foram mantidas para os estudantes do fim do ensino fundamental, ou seja, 5° e 9° ano, e para o 3° ano do ensino médio. Em contrapartida, a prova de Ciências da Natureza e Ciências Humanas irá avaliar somente estudantes de escolas públicas. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi criada em 1990 e aplica os testes de Português e Matemática. Com esses resultados, o MEC consegue calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é considerado como o grande indicador de qualidade do ensino do país.O Globo
O Ministério da Educação (MEC) não irá realizar neste ano a avaliação do nível de alfabetização das crianças brasileiras. O fato contraria o que foi decidido, em dezembro do ano passado, pelo governo do ex-presidente Michel Temer.
Em 2018, por conta do baixo desempenho escolar das crianças brasileiras, a gestão de Temer informou que passaria a verificar a alfabetização infantil mais cedo, aos sete anos de idade (2° ano do ensino fundamental), em uma prova que seria realizada em outubro deste ano. Porém, uma portaria publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 25, excluiu crianças de sete anos das provas nacionais. Elas também não farão os exames de Matemática.
A portaria – que é assinada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) – determina que a avaliação de alfabetização que estava prevista para este ano será feita somente em 2021. O Instituto afirma que a decisão foi tomada devido a um pedido da Secretaria de Alfabetização do MEC, que aguarda pela implementação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além de também aguardar pelo ajuste das políticas de alfabetização propostas pelo governo Bolsonaro.
Pelo menos metade dos estudantes do 3° ano do ensino fundamental tem desempenho insuficiente nas provas de leitura e matemática. Os estudantes não conseguem compreender a finalidade de um texto ou até mesmo localizar uma informação explícita.
Sem a avaliação, não será possível comparar o progresso ou retrocesso escolar das crianças em relação às avaliações anteriores, feitas em 2014 e 2016.
A decisão do MEC é contraditória ao planejamento do novo governo, que havia estabelecido uma meta para os 100 primeiros dias, na qual a intenção era lançar um projeto de alfabetização batizado de “Alfabetização Acima de Tudo”.
As avaliações foram mantidas para os estudantes do fim do ensino fundamental, ou seja, 5° e 9° ano, e para o 3° ano do ensino médio. Em contrapartida, a prova de Ciências da Natureza e Ciências Humanas irá avaliar somente estudantes de escolas públicas. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi criada em 1990 e aplica os testes de Português e Matemática. Com esses resultados, o MEC consegue calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é considerado como o grande indicador de qualidade do ensino do país.O Globo
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