GORDURAS - Redução no consumo de margarina afeta mundo corporativo

Hoje, o americano médio consome apenas 1,6 kg de margarina por ano (Foto: Wikimedia)

A discussão sobre o consumo de gorduras é controversa. Durante anos os médicos aconselharam os pacientes a excluir as gorduras da alimentação. As gorduras saturadas, segundo eles, eram extremamente prejudiciais à saúde. Por esse motivo, por um longo tempo os consumidores deram preferência aos óleos vegetais hidrogenados da margarina e o consumo de manteiga diminuiu. Mas duas tendências estão revertendo essa preferência dos consumidores.

Primeiro, os médicos não têm mais uma visão tão radical contra a ingestão de gordura. Mas alertam para o perigo do consumo das gorduras trans presentes em alguns alimentos, entre eles a margarina. Essa gordura que passa por um processo de hidrogenação aumenta os níveis de colesterol ruim, o LDL, e diminui a taxa de colesterol bom, o HDL, no organismo. Com isso, aumenta o risco de doenças como arteriosclerose, infarto e acidente vascular cerebral.

Em segundo lugar, os consumidores estão preferindo os alimentos naturais, entre os quais a manteiga e o azeite. Hoje, o americano médio consome apenas 1,6 kg de margarina por ano, em comparação com mais de 5 kg por pessoa no início da década de 1990.

Essas mudanças afetaram o mundo corporativo. Em 6 de abril, a multinacional anglo-holandesa Unilever anunciou que irá vender suas fabricantes de margarina diante da queda da demanda. Essa decisão, embora possa dar um retorno aos acionistas, tem um custo sentimental. A empresa Unilever foi fundada em 1929 pela fusão da fabricante holandesa de margarina Margarine Unie com a empresa inglesa Lever Brothers. The Economist

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