MEIO AMBIENTE HAVAÍ

Protetores solares colocam corais do Havaí em risco

Protetores solares com substâncias proibidas serão permitidos apenas com receita médica (Foto: Pixabay)

É verão nos Estados Unidos e muitas famílias estão aproveitando o calor para sair de férias. O Havaí atrai um grande número de turistas, com quase 800 mil visitantes só em maio, de acordo com dados da agência de turismo estadual.

Mas a partir de 1º de janeiro de 2021, os turistas serão proibidos de comprar protetores solares que contenham as substâncias oxibenzona e metoxicinamato de octila sem a receita de um médico licenciado.

Os dois elementos químicos ajudam a proteger a pele dos raios UV, porém também causam o branqueamento, deformidades, danos ao DNA e, por fim, a morte nos recifes de corais quando os banhistas mergulham na água ou se o produto é jogado na rede de esgotos. Os recifes de corais são ecossistemas que protegem as praias da erosão e preservam a biodiversidade marinha, segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration.

A oxibenzona e a metoxicinamato de octila são substâncias aprovadas pela Food and Drug Administration, a agência equivalente à Anvisa dos EUA, para uso nos protetores solares. Para a American Academy of Dermatology Association, “os efeitos nocivos dessas substâncias no meio ambiente e na saúde dos seres humanos ainda não foram comprovados”.

Porém, a organização Environmental Working Group alega que as substâncias proibidas pelas autoridades do Havaí podem causar problemas hormonais e reações alérgicas na pele.

Os dois elementos químicos também foram encontrados em níveis tóxicos em peixes, ovos de tartaruga marinha, algas, golfinhos, ostras, lagostins e mexilhões, de acordo com Craig Downs, diretorexecutivo do Laboratório Ambiental Haereticus e o principal autor doestudo que motivou a decisão do Havaí de proibir o uso e a venda de filtros solares com essas substâncias.

Embora não haja uma proibição formal, o Programa de Preservação dos Recifes de Coral do Departamento de Proteção Ambiental da Flórida pede aos banhistas que evitem o uso de protetores solares com oxibenzona para proteger o Florida Reef Tract.

Como alternativa, existem produtos no mercado, fabricados com óxido de zinco ou dióxido de titânio, que protegem a pele dos raios ultravioletas, sem causar dano ambiental ou à saúde humana.

Com o aumento dos buracos da camada de ozônio na estratosfera, o uso de protetor solar se tornou indispensável. Segundo a American Academy of Dermatology, a partir dos seis meses de idade todas as pessoas precisam usar um protetor solar resistente à água, com um fator de pelo menos 30 FPS em áreas expostas à luz do sol. Os médicos também recomendam o uso de chapéus e óculos escuros em lugares ensolarados.CNN

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