EXPLORAÇÃO ESPACIAL
Nasa planeja enviar missão tripulada a Vênus
A missão ainda é questionada justamente pelas diferenças climáticas (Foto: Pixabay)
Durante muitos anos, a ficção científica descreveu Vênus como um planeta de aura mítica, com temperatura quente e agradável. A idealização era tamanha, que, em 1950, o planetário Hayden, do Museu Americano de História Natural, chegou a oferecer reservas para a primeira missão turística espacial a Vênus. Porém, a realidade do planeta é bem distante do idealizado no imaginário popular, e torna pouco provável que alguém queria visitar o planeta por diversão.
Após anos de estudos sobre Vênus, foi observado que o planeta tem altas temperaturas, uma atmosfera tóxica e corrosiva, além de pressões esmagadoras na superfície. Tais constatações, no entanto, não impediram a Nasa de projetar uma missão tripulada ao planeta, chamada Havoc (sigla em inglês para Conceito Operacional A Grande Altitude de Vênus).
A missão ainda é questionada justamente pelas diferenças climáticas. As temperaturas em Vênus são mais altas que em Mercúrio, embora Vênus esteja duas vezes mais distante do Sol. O calor é mais alto que o do ponto de fusão de diversos metais, incluindo o bismuto e chumbo. A superfície é árida, formada por extensas planícies de rocha basáltica, feitas através de formações vulcânicas de regiões montanhosas tão grandes quanto continentes.
O planeta é bem jovem, de acordo com o ponto de vista geológico, tendo sofrido diversos episódios catastróficos de renovação de superfície. Esses mesmos episódios são causados por acúmulo de calor abaixo da superfície, que faz com que ela se derreta, expulse o calor, e torne a se solidificar.
Flutuando na atmosfera
A ideia da Nasa não é enviar pessoas à superfície de Vênus, mas sim utilizar sua densa atmosfera para a exploração. Ainda não houve uma declaração oficial sobre a data exata da missão, já que este é um plano de longo prazo, tendo dependência do sucesso de outras pequenas missões de teste. O plano principal é utilizar naves espaciais que possam ficar na atmosfera por um longo período.
Essa atmosfera também é densa o suficiente para proteger os astronautas da radiação ionizante do espaço. Pelo Sol estar mais próximo, ele permite que haja maior radiação solar do que na Terra, podendo utilizá-la como fonte de energia. A espaçonave flutuaria ao redor do planeta sendo empurrada pelo vento. Ela poderia ser enchida com uma mistura de gases respiráveis, como o oxigênio e nitrogênio, fornecendo assim, essa flutuabilidade.
A atmosfera de Vênus é formada por 97% de dióxido de carbono e aproximadamente 3% de nitrogênio, além de quantidades ínfimas de outros gases. Além disso, contém um pouco de ácido sulfúrico, o formador das nuvens densas e principal elemento criador do brilho que se vê da Terra. O planeta reflete uma média de 75% da luz que recebe do Sol.
Vênus é um planeta que ainda guarda muitos mistérios. Aprender mais sobre o planeta vizinho pode ajudar a entender a evolução do sistema solar, e talvez a de outros sistemas estelares.El País
Durante muitos anos, a ficção científica descreveu Vênus como um planeta de aura mítica, com temperatura quente e agradável. A idealização era tamanha, que, em 1950, o planetário Hayden, do Museu Americano de História Natural, chegou a oferecer reservas para a primeira missão turística espacial a Vênus. Porém, a realidade do planeta é bem distante do idealizado no imaginário popular, e torna pouco provável que alguém queria visitar o planeta por diversão.
Após anos de estudos sobre Vênus, foi observado que o planeta tem altas temperaturas, uma atmosfera tóxica e corrosiva, além de pressões esmagadoras na superfície. Tais constatações, no entanto, não impediram a Nasa de projetar uma missão tripulada ao planeta, chamada Havoc (sigla em inglês para Conceito Operacional A Grande Altitude de Vênus).
A missão ainda é questionada justamente pelas diferenças climáticas. As temperaturas em Vênus são mais altas que em Mercúrio, embora Vênus esteja duas vezes mais distante do Sol. O calor é mais alto que o do ponto de fusão de diversos metais, incluindo o bismuto e chumbo. A superfície é árida, formada por extensas planícies de rocha basáltica, feitas através de formações vulcânicas de regiões montanhosas tão grandes quanto continentes.
O planeta é bem jovem, de acordo com o ponto de vista geológico, tendo sofrido diversos episódios catastróficos de renovação de superfície. Esses mesmos episódios são causados por acúmulo de calor abaixo da superfície, que faz com que ela se derreta, expulse o calor, e torne a se solidificar.
Flutuando na atmosfera
A ideia da Nasa não é enviar pessoas à superfície de Vênus, mas sim utilizar sua densa atmosfera para a exploração. Ainda não houve uma declaração oficial sobre a data exata da missão, já que este é um plano de longo prazo, tendo dependência do sucesso de outras pequenas missões de teste. O plano principal é utilizar naves espaciais que possam ficar na atmosfera por um longo período.
Essa atmosfera também é densa o suficiente para proteger os astronautas da radiação ionizante do espaço. Pelo Sol estar mais próximo, ele permite que haja maior radiação solar do que na Terra, podendo utilizá-la como fonte de energia. A espaçonave flutuaria ao redor do planeta sendo empurrada pelo vento. Ela poderia ser enchida com uma mistura de gases respiráveis, como o oxigênio e nitrogênio, fornecendo assim, essa flutuabilidade.
A atmosfera de Vênus é formada por 97% de dióxido de carbono e aproximadamente 3% de nitrogênio, além de quantidades ínfimas de outros gases. Além disso, contém um pouco de ácido sulfúrico, o formador das nuvens densas e principal elemento criador do brilho que se vê da Terra. O planeta reflete uma média de 75% da luz que recebe do Sol.
Vênus é um planeta que ainda guarda muitos mistérios. Aprender mais sobre o planeta vizinho pode ajudar a entender a evolução do sistema solar, e talvez a de outros sistemas estelares.El País
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