PRODUTORA GLOBAL

Peste suína avança na China e pode refletir no mercado global

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicaram que o vírus possui uma forte resistência, até mesmo em condições adversas (Foto: Pixabay)

A China, maior produtora e distribuidora de carne suína do mundo, vive um atual problema com o avanço da peste suína africana no país, que vem prejudicando as vendas e o consumo da carne. Por ser produtora de uma média de 56 toneladas de carne suína por ano, o avanço da doença no país gera o receio de atingir o mercado mundial.

Além da China, a Europa registrou as primeiras regiões que também foram afetadas pela doença. A União Europeia tem uma produção de 24 milhões de toneladas da carne por ano, além de consumir 21 toneladas.

O avanço da peste suína na China pode causar sérios problemas na produção local, o que eleva a necessidade de importação, segundo o estudo do Rabobank, banco especializado em agronegócios.

A fim de evitar que a doença se espalhe para outras regiões, a China proibiu o transporte de animais, o que acaba derrubando os preços de regiões produtoras, e elevando as que dependem de compras em outras regiões. Segundo o banco, pequenos produtores estão deixando de produzir por conta dessa instabilidade do mercado.

A Embrapa detectou que o vírus foi identificado em suínos da China e Romênia, e em javalis na Bélgica. A fonte comum de infecção foram restos alimentares não cozidos e derivados de suínos, que estavam contaminados com o vírus. Apesar da doença ser hemorrágica, ela não é transmitida para humanos.

A chefe-geral da Embrapa Aves e Suínos, Janice Zanella, diz que há uma grande preocupação no Brasil com a doença. “Nenhum país pode ser considerado como de risco zero, principalmente com o aumento contínuo dos transportes mundiais. Os efeitos da doença são desastrosos”, relatou Zanella.

O fluxo de navios que transportam alimentos entre a China e Brasil, é intenso. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicaram que o vírus tem uma forte resistência, até mesmo em condições adversas.

Segundo Zanella, o Brasil precisa se precaver com a doença, principalmente após as operações da Polícia Federal, no setor de proteínas. Os Estados Unidos já tomaram essa medida, visto que, uma eventual ocorrência da peste suína geraria o prejuízo de bilhões de dólares no mercado americano.

Importações chinesas de carne suína aumentaram 10% em agosto, comparado com o mesmo período do ano passado. Isso significa que a necessidade de compra externa está aumentando, segundo o Rabobank.

Dados emitidos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revelaram que as importações chinesas de carne suínas brasileira superaram em 361% comparados com 2017.Folha de S.Paulo

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