PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO

Aumenta pressão internacional sobre a Venezuela

Ministério das Relações Exteriores da Venezuela repudiou a atitude da UE e da Alemanha (Foto: Nicolás Maduro/Twitter)

A União Europeia (UE) e o governo alemão apoiaram um pedido de países americanos para que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue a Venezuela. A solicitação de sete nações das américas do Sul, Central e do Norte aponta crimes contra a humanidade suspeitos de terem sido cometidos pelo governo venezuelano.

Inicialmente, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Paraguai e Peru fizeram a solicitação ao TPI, no fim do mês de setembro. Agora, um mês depois, a União Europeia e a Alemanha reforçaram o pedido dos países. O bloco econômico e os alemães demonstraram preocupação com as arbitrariedades do governo de Nicolás Maduro.

No caso da UE, o Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França, aprovou o apoio do bloco econômico à solicitação na última quinta-feira, 25, com 268 votos favoráveis, 25 contrários e 26 abstenções. Essa é a oitava medida, a quarta neste ano, da atual legislatura do Parlamento sobre a Venezuela.

O Parlamento quer uma investigação “imediata e independente”, além de uma autópsia do caso do vereador Fernando Albán Salazar, que morreu enquanto estava sob tutela do governo de Maduro, e a libertação de presos políticos – o deputado da oposição Juan Requesens está detido desde o início de agosto.

Após uma reunião com o chefe de Estado da Colômbia, Iván Duque, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na última quarta-feira, 24, pediu que Nicolás Maduro seja “levado perante os tribunais”, afirmando que o sistema de Justiça internacional precisa agir.

Em resposta, o Ministério do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela, através de um comunicado, categorizou as afirmações de Juncker como “hostis e intervencionistas”, garantindo que “não tolerará qualquer ação destinada a prejudicar a dignidade do povo venezuelano”. Ademais, o governo venezuelano acusou o presidente colombiano de reiterar “mentiras” para “lucrar com recursos europeus”.

Já sobre o apoio da Alemanha ao pedido dos países americanos, o Ministério venezuelano divulgou outra nota, apontando a atitude alemã como “hostil”, “arrogante” e “antipática”. Além disso, categorizou a solicitação das nações do continente americano como “infâmia”.

“Não é surpresa para o governo bolivariano que a Alemanha tenha aderido às intenções do belicista governo dos Estados Unidos, que insistentemente e obscenamente pressiona os governos do mundo para que se estabeleçam contra o nosso país, violando assim os princípios mais básicos do Direito Internacional”, destaca o comunicado.DW

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