ESTADOS UNIDOS
Quem é o novo conselheiro de Segurança Nacional de Trump?
O’Brien é crítico ao Acordo Nuclear do Irã e à ONU, assim como Trump (Foto: Shealah Craighead/White House)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira, 18, que escolheu Robert O’Brien para ocupar o cargo de conselheiro de Segurança Nacional. A posição ficou vaga depois que Trump demitiu John Bolton.
Para o ex-vice-secretário de Estado Joel Rubin, que ocupou a posição durante o governo Obama, a escolha de O’Brien reforça a posição de Trump em sua política externa. Isso porque O’Brien não seria uma figura de destaque no campo, apesar de sua experiência, ao contrário de Bolton.
“Ele não é uma figura de destaque, e isso é importante. […] Ele não é uma figura que de alguma forma ameace a primazia do presidente em política externa”, apontou Rubin, em entrevista à rede de notícias Al Jazeera.
Antes de assumir o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, O’Brien atuava como o enviado especial presidencial para assuntos de reféns do Departamento do Estado. Ele teria sido uma das figuras mais importantes para a libertação do pastor Andrew Brunson, que estava preso na Turquia, em 2018.
Mais recentemente, também teria atuado em prol da liberação de reféns na Coreia do Norte e do rapper americano A$AP Rocky, que foi preso pelo envolvimento em uma briga de rua em Estocolmo, na Suécia. Na ocasião, o rapper foi libertado, mas foi considerado culpado e obrigado a pagar uma multa.
A escolha de Trump por O’Brien, visto como mais contido do que Bolton, chega em um momento importante de tensões na política mundial – no qual sua experiência como negociador de reféns pode ser aplicada. Enquanto ocorre a deterioração da instável relação entre EUA e Irã, o mundo também observa a escalada de violência do Talibã, no Afeganistão, intensificada após a suspensão das negociações de paz entre os Estados Unidos e o grupo.
No entanto, não se sabe ao certo se O’Brien conseguirá apaziguar as tensões com o Irã. Assim como Trump, o novo conselheiro de Segurança Nacional também era crítico do Acordo Nuclear do Irã, promovido na gestão Obama. Acredita-se que O’Brien “vai reforçar muitas tendências [do governo]”, segundo apontou Rubin.
“Além de legitimar o programa atômico supostamente ‘pacífico’ do Irã, o acordo provavelmente levará a uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio”, escreveu O’Brien, em seu livro Enquanto a América dormia: restaurando a liderança americana a um mundo em crise, publicado em 2016.
Formado em Direito pela universidade de Berkely – uma das mais respeitadas do campo no mundo -, e tendo estudado ciências políticas na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), O’Brien já atuou como major do Exército e cofundou o escritório de advocacia Larson O’Brien LLP.
Ademais, O’Brien também atuou junto com Bolton na Organização das Nações Unidas (ONU) durante a gestão de George W. Bush. Enquanto O’Brien desempenhava a função de representante dos EUA na Assembleia-Geral da ONU, Bolton atuava como embaixador dos EUA nas Nações Unidas. Assim como Trump, O’Brien também é crítico da ONU.
“Meu filho de 13 anos, que está muito mais interessado em esportes do que em política, entrou ontem na sala da família e disse: ‘Pai, vi no noticiário que tudo começa quando todos os ditadores vêm para os EUA e fazem discursos sobre quão ruins somos’. Sua declaração é uma das melhores descrições da Assembleia-Geral das Nações Unidas que eu já ouvi”, afirmou O’Brien.AlJazeera
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira, 18, que escolheu Robert O’Brien para ocupar o cargo de conselheiro de Segurança Nacional. A posição ficou vaga depois que Trump demitiu John Bolton.
Para o ex-vice-secretário de Estado Joel Rubin, que ocupou a posição durante o governo Obama, a escolha de O’Brien reforça a posição de Trump em sua política externa. Isso porque O’Brien não seria uma figura de destaque no campo, apesar de sua experiência, ao contrário de Bolton.
“Ele não é uma figura de destaque, e isso é importante. […] Ele não é uma figura que de alguma forma ameace a primazia do presidente em política externa”, apontou Rubin, em entrevista à rede de notícias Al Jazeera.
Antes de assumir o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, O’Brien atuava como o enviado especial presidencial para assuntos de reféns do Departamento do Estado. Ele teria sido uma das figuras mais importantes para a libertação do pastor Andrew Brunson, que estava preso na Turquia, em 2018.
Mais recentemente, também teria atuado em prol da liberação de reféns na Coreia do Norte e do rapper americano A$AP Rocky, que foi preso pelo envolvimento em uma briga de rua em Estocolmo, na Suécia. Na ocasião, o rapper foi libertado, mas foi considerado culpado e obrigado a pagar uma multa.
A escolha de Trump por O’Brien, visto como mais contido do que Bolton, chega em um momento importante de tensões na política mundial – no qual sua experiência como negociador de reféns pode ser aplicada. Enquanto ocorre a deterioração da instável relação entre EUA e Irã, o mundo também observa a escalada de violência do Talibã, no Afeganistão, intensificada após a suspensão das negociações de paz entre os Estados Unidos e o grupo.
No entanto, não se sabe ao certo se O’Brien conseguirá apaziguar as tensões com o Irã. Assim como Trump, o novo conselheiro de Segurança Nacional também era crítico do Acordo Nuclear do Irã, promovido na gestão Obama. Acredita-se que O’Brien “vai reforçar muitas tendências [do governo]”, segundo apontou Rubin.
“Além de legitimar o programa atômico supostamente ‘pacífico’ do Irã, o acordo provavelmente levará a uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio”, escreveu O’Brien, em seu livro Enquanto a América dormia: restaurando a liderança americana a um mundo em crise, publicado em 2016.
Formado em Direito pela universidade de Berkely – uma das mais respeitadas do campo no mundo -, e tendo estudado ciências políticas na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), O’Brien já atuou como major do Exército e cofundou o escritório de advocacia Larson O’Brien LLP.
Ademais, O’Brien também atuou junto com Bolton na Organização das Nações Unidas (ONU) durante a gestão de George W. Bush. Enquanto O’Brien desempenhava a função de representante dos EUA na Assembleia-Geral da ONU, Bolton atuava como embaixador dos EUA nas Nações Unidas. Assim como Trump, O’Brien também é crítico da ONU.
“Meu filho de 13 anos, que está muito mais interessado em esportes do que em política, entrou ontem na sala da família e disse: ‘Pai, vi no noticiário que tudo começa quando todos os ditadores vêm para os EUA e fazem discursos sobre quão ruins somos’. Sua declaração é uma das melhores descrições da Assembleia-Geral das Nações Unidas que eu já ouvi”, afirmou O’Brien.AlJazeera
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