MEIO AMBIENTE

ONU propõe novo acordo global por um mundo verde

Novo acordo permitira elevação do PIB de países desenvolvidos e em desenvolvimento (Foto: UNCTAD/Twitter)

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) propôs na última quarta-feira, 25, a criação de um novo acordo global por um mundo verde. O pacto estimularia a economia mundial.

Chamado de Global Green New Deal, fazendo referência à iniciativa do ex-presidente dos EUA Franklin Roosevelt para conseguir recuperar o país da Grande Depressão, nos anos 1930, o plano foca em diferentes diretrizes para garantir o avanço mundial e frear as mudanças climáticas.

De acordo com as estimativas, apresentadas juntamente com o Relatório de Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD 2019, com um investimento anual de US$ 1,7 trilhão, cerca de um terço do que os países gastam com subsídios a combustíveis fósseis, seria possível criar, pelo menos, 170 milhões de empregos em nível mundial.

Dessa forma, segundo um comunicado da UNCTAD, seria possível a redução geral de emissões de carbono e o desenvolvimento de uma indústria mais limpa. Para isso, porém, o mundo precisará investir em pesquisas, adaptações tecnológicas, sistemas públicos de geração de energia e transporte, entre outras coisas.

“Em vista da configuração atual das políticas, regras, dinâmica dos mercados e poder das grandes empresas, as desigualdades poderiam aumentar e a degradação do meio ambiente, se acentuar”, afirmou o diretor da divisão da UNCTAD, Richard Kozul-Wright, segundo noticiou a agência AFP.

No entanto, para que as metas fossem respeitadas seriam necessários novos acordos de comércio e investimentos globais. Além disso, alguns países em desenvolvimento também precisariam de ações mais específicas, além de aportes financeiros, para que seguissem o mesmo caminho para a descarbonização.

“Atender às demandas de financiamento da Agenda 2030 requer a reconstrução do multilateralismo em torno da idéia de um Novo Acordo Verde Global, e implicando um futuro financeiro muito diferente do passado recente”, destacou o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi.

Segundo as estimativas, a adoção do novo acordo poderia permitir a elevação do PIB em países desenvolvidos na ordem de 1% a 1,5% ao ano. Já nações em desenvolvimento, com exceção da China, poderiam ter o PIB acrescido em 1,5% a 2% anualmente.AFP

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