Mapeando o BIG BANG...

Universo é 80 milhões de anos mais velho do que se pensava


A imagem acima, divulgada pela Agência Espacial Europeia, é o mapa mais detalhado da radiação cósmica do Big Bang já criado (Divulgação)

Pesquisadores da Agência Espacial Europeia que analisaram as primeiras imagens do satélite Planck, projetado para tirar a medida mais precisa já registrada do Big Bang, a explosão que deu origem ao cosmos, afirmaram que o universo é 80 milhões de anos mais velho do que se pensava, tendo cerca de 13,8 bilhões de anos.

Embora o Big Bang tenha acontecido há bilhões de anos, sua presença ainda pode ser sentida. A radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB, na sigla em inglês), que significa essencialmente a incandescência causada pelo Big Bang, ainda pode ser detectada no céu noturno, desde que se saiba como e para onde olhar. A Agência Espacial Europeia tem feito isso desde 2009 com seu satélite Planck, de 900 milhões de dólares. Em 20 de março, a AEE publicou o seu primeiro lote de resultados.

Esses resultados conseguem ser ao mesmo tempo impressionantes e pouco surpreendentes. Impressionante, em parte, por causa da capacidade tecnológica necessária para produzi-los: detectar a incandescência do Big Bang, ou CMB, é difícil porque, depois de todos esses bilhões de anos, o sinal é fraco. O satélite Planck caça as variações de temperatura no céu da ordem de um milionésimo de grau. Para aumentar a sensibilidade, a sonda foi arrefecida com hélio líquido. Até a sua fonte de hélio ter acabado em 2012, seus detectores alcançaram temperaturas apenas um décimo de grau acima do zero absoluto, que é a menor temperatura fisicamente possível. Até mesmo o gélido espaço é mais quente do que isso.

Por outro lado, os resultados do Planck não surpreendem porque parecem reforçar algumas previsões feitas há décadas unicamente com base em conceitos matemáticos. Reforçam, por exemplo, a velha teoria da “inflação”, que diz que o universo, a princípio com dimensões subatômicas, explodiu e, em uma fração de segundo, expandiu mais rapidamente que a velocidade da luz.

Os resultados da sonda Planck também parecem indicar que o universo está se expandindo um pouco mais lentamente do que as estimativas anteriores e contém mais matéria do que se suspeitava.Washington Post

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