ÍNDIA MULHERES

Nova Déli cria esquadrão de combate a crimes contra mulheres

A patrulha com mais de 600 motos é chamada de Raftaar (Foto: Twitter)

A polícia da capital indiana Nova Déli criou um esquadrão especial para combater crimes contra as mulheres. O esquadrão será formado apenas por policiais mulheres, treinadas exatamente para a função. Elas vão andar de moto pela cidade, portando armas, câmeras, spray de pimenta e tasers (uma arma de eletrochoque).

A patrulha, que terá mais de 600 motos, foi batizada de Raftaar (velocidade). Espera-se que a medida ajude a combater os abusos sexuais. Uma pesquisa divulgada neste mês revelou que mesmo as mulheres que reportam os crimes são rotineiramente assediadas ou intimidadas pelos policiais.

Como em alguns distritos as ruas são muito estreitas, a proximidade física entre as pessoas faz com que seja mais fácil para o agressor se aproveitar das mulheres. Segundo Dependra Pathak, porta-voz da polícia de Nova Déli, se uma mulher chamar a polícia, a patrulha não deve conseguir passar pelas pistas estreitas. Logo, motos seriam os únicos veículos capazes de chegar até a vítima e o agressor de forma rápida.

Segundo dados policiais, em 2016, mais de 2.150 estupros foram registrados em Nova Déli, um aumento de 67% desde 2012. Uma pesquisa da Thompson Reuters Foundation, feita em outubro, revelou que a cidade, junto com São Paulo, são as piores do mundo no quesito violência sexual.

Espera-se que a patrulha iniba os agressores e tranquilize as mulheres. Frequentemente, há reclamações de que há poucos policias para uma cidade com 26 milhões de habitantes. Para piorar, mesmo quando os crimes são reportados, eles não recebem a devida atenção.

O Supremo Tribunal de Nova Déli ordenou que a polícia local desenvolvesse uma estratégia para combater crimes contra as mulheres, depois que várias tentativas falharam. Os juízes ordenaram que a polícia apresentasse seu plano completo ao tribunal no dia 11 de dezembro.

Esta não é a primeira vez que as mulheres se unem na Índia. Há cinco anos, elas lideraram vários protestos após um brutal estupro coletivo. Além disso, a vigilância feminina também fez a proibição do álcool dar certo.The Guardian

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