ÚLTIMOS ESFORÇOS REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Temer busca apoio para a reforma da Previdência

Pelo menos 200 deputados são esperados para o evento do Palácio da Alvorada (Foto: Aluízio Gomes)

Um jantar na noite desta quarta-feira, 22, no Palácio da Alvorada, reunirá parlamentares da base aliada em um novo esforço do governo para aprovar a reforma da Previdência ainda na primeira semana de dezembro. A intenção é que a proposta passe pela Câmara este ano para que seja aprovada, sem modificações, pelo Senado já no primeiro semestre de 2018.

São esperados, pelo menos, 200 deputados para o jantar, quando o parlamentar Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma da Previdência, vai apresentar uma versão menor da proposta. Isso porque o Palácio do Planalto ainda não conta com os 308 votos mínimos para que a reforma seja aprovada.

O novo projeto é focado em três pontos: a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres; a unificação do sistema de aposentadoria dos setores público e privado; e uma regra de transição de 30 anos.

Ademais, a ideia é que a proposta mantenha um limite de dois salários mínimos para o acúmulo de pensão e aposentadoria. Porém, esse é o ponto mais controverso, visto que parte dos deputados da base aliada querem que o teto salarial seja de três vencimentos.

O novo texto, que vai contar ainda com a explicação de economistas para os deputados durante o jantar, garantirá uma economia aproximada de R$ 468 bilhões, menor do que a proposta original de R$ 760 bilhões.

Outra mudança é que, enquanto a proposta original contemplava também mudanças na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), a versão mais enxuta deixa esses dois pontos de fora.

Aprovação é difícil

Ainda sem contar com os votos mínimos para que a proposta passe pela Câmara, e tendo em mente que 2018 será um ano no qual os deputados estarão mais focados nas campanhas eleitorais, o presidente Michel Temer tenta seus últimos movimentos com o jantar desta quarta-feira.

Além disso, outra dificuldade que o governo enfrenta para conseguir aprovar a proposta é a polêmica que a envolve, não contando com o apoio maciço da população. Tendo em vista que 2018 será um ano eleitoral, poucos são os deputados que querem se envolver na votação de um tema que divide opiniões.

Auxiliares de Temer, inclusive, admitem que, caso a proposta não seja votada em dezembro, dificilmente será aprovada no próximo ano. Na última terça-feira, 21, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia afirmado que seria bastante complicada a aprovação da proposta neste final de ano.G1

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