DESCOBERTA NA ANTÁRTIDA

Cientistas descobrem fósseis de árvores de 280 milhões de anos

O fóssil de 280 milhões de anos (Foto: University of Wisconsin-Milwaukee/Screengrab)

Os geólogos Erik Gulbranson e John Isbell, da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, descobriram fósseis de árvores de 280 milhões de anos nos montes Transantárticos, uma cadeia de montanhas localizada no continente da Antártida.

A descoberta pode ser a evidência da floresta polar mais antiga já encontrada na Antártida. A equipe já tinha encontrado fósseis de 13 árvores, que, segundo estimativas, tinham mais de 260 milhões de anos. Em ambos os casos, as florestas cresceram antes dos primeiros dinossauros aparecerem na Terra, no final do período Permiano.

A equipe retornou aos montes Trasantárticos no intuito de entender como as florestas conseguiram crescer no local. Gulbranson disse que as pessoas sabem sobre os fósseis na Antártica desde cerca de 1910, mas a maioria da região permanece inexplorada.

A floresta polar cresceu num local onde hoje plantas não florescem. Ele acredita que as espécies deveriam ser extremamente saudáveis para sobreviver. A equipe agora tenta entender porque elas entraram em extinção. Acredita-se que as árvores eram capazes de sobreviver a quase meio ano em completa escuridão e quase cinco meses sob luz constante.

Durante o período Permiano, a Antártida era muito mais quente do que é hoje. Na época, a o continente fazia parte de Gondwana, o supercontinente do sul, que era formado pela África, América do Sul, Oriente Médio, Índia e Austrália.

Segundo Gulbranson, datar os fósseis foi um dos maiores desafios da equipe. Ele disse que descobertas recentes indicam que a floresta polar tinha cerca de 280 milhões de anos, com uma margem de erro de 20 milhões de anos para mais ou para menos.

Muitos cientistas acreditam que 90% de todas as espécies, incluindo a floresta polar, sumiram da face da Terra, por causa do aumento das temperaturas globais e da acidificação dos oceanos causados pela injeção de dióxido de carbono na atmosfera. Gulbranson acredita que seu trabalho vai ajudar a entender os efeitos das mudanças climáticas.Independent

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