PARIS EM ALERTA

Rio Sena transborda e se aproxima de nível recorde

Transbordamento ocorre por conta de chuvas torrenciais que atingem a cidade (Foto: François Crunberg/Mairie de Paris)

Um aumento no nível do Rio Sena está deixando em alerta a Prefeitura de Paris e gerando transtornos à população da capital francesa.

O rio transbordou no início desta semana e o avanço das águas já fechou ruas, túneis e suspendeu todo o tráfego fluvial na cidade, já que os barcos não conseguem passar por baixo das pontes. O transbordamento do rio ocorre por conta de chuvas torrenciais que atingem a cidade.

Nesta quarta-feira, 24, as autoridades disseram que o rio pode ultrapassar o recorde de 6,1 metros registrado em 2016, que foi o maior já alcançado em mais de um século pelo rio, além de ser mais de quatro metros acima de seu nível normal. A população vem sendo orientada a não chegar perto do Rio Sena.

Pela manhã, uma seção central da linha de trem RER C teve de ser interditada, fechando várias estações, como Saint-Michel Notre-Dame, Musée d’Orsay e Champ de Mars. A SNCF, operadora do trem, disse que a interdição se deu porque os tubos de ventilação da linha tiveram de ser fechados para impedir que os túneis inundassem ainda mais.

A cidade está em alerta laranja, o segundo mais alto nível de alerta. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, convocou uma reunião de emergência com os chefes de polícias. As autoridades dizem que a situação é séria, mas não catastrófica.

Mesmo assim, o Louvre e o Musée d’Orsay estão se preparando para guardar as obras de arte em local seguro. Um funcionário do Louvre disse que eles estão acompanhando a situação de perto. “Nós vamos implementar nosso plano de prevenção contra inundações quando o Sena alcançar 5,08 metros”, disse a fonte, em entrevista ao Guardian.

Paris sofreu sua “inundação do século” em 1910, quando o Sena atingiu 8,62 metros. Desde então, a cidade se prepara para situações similares. “Não é uma questão de se vai ter ou não uma inundação, mas de quando”, disse a então vice-prefeita de Paris, Colombe Brossel, em 2016.The Guardian

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