HONDURAS ONDA DE PROTESTOS

Ativistas de Honduras acusam governo de intimidação

Até agora, pelo menos 35 pessoas foram mortas pelas forças de segurança (Foto: Twitter/@nuevaactitudhn)

Ativistas hondurenhos dizem serem alvos de uma violenta onda de perseguição e intimidação desde o final da polêmica eleição presidencial, que complicou a situação política do país.

O Partido Nacional, que está no governo desde o golpe de estado de 2009, já sancionou vários projetos grandes, que não são positivos para o meio ambiente, no norte de Honduras. Os advogados do Movimiento Amplio, que representa comunidades que se opõem a represas e minas no norte do país, vêm recebendo ameaças de morte, enquanto o fundador do grupo é perseguido por homens armados.

Martín Fernández, de 42 anos, que lidera uma batalha judicial contra a represa, por exemplo, é acompanhado 24 horas pelo grupo americano Witness for Peace (Vítimas pela paz, em tradução livre). Fernández e outros ativistas ambientais acusam a polícia, o exército e outros civis armados de intimidar protestantes que ainda se manifestam contra a suposta fraude na reeleição do presidente Juan Orlando Hernandéz.

Milhares de agentes das forças de segurança, incluindo a polícia militar e a tropa de elite Cobra, foram chamados desde a eleição no final de novembro. Até agora, pelo menos 35 pessoas foram mortas pelas forças de segurança. Segundo o grupo de direitos humanos Cofadeh, as forças de segurança estão entrando nas comunidades com listas de pessoas para deter.

Em dezembro, Fernández e seu irmão, Víctor, se encontraram com o comandante do batalhão da quarta infantaria e com o chefe de inteligência em Atlántida. Logo depois do encontro, fontes policiais e do exército avisaram Fernandez que líderes de protestos no norte do país estavam sendo alvos de assassinatos. Os dois irmãos relataram isso ao responsável do departamento de direitos humanos da embaixada americana na capital de Honduras, Tegucigalpa.

Dias depois do encontro, um funcionário do Movimiento Amplio, Diego Aguilar, de 24 anos, foi espancado severamente e recebeu choque aplicados com taser das forças de segurança, quando elas desbloqueavam um protesto de rua em San Juan Pueblo. Duas semanas depois, o líder Wilmer Paredes foi morto a tiros por um homem em uma SUV sem placa, enquanto ele voltava para casa de moto.The Guardian

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