Grifes funcionam como caudas de pavão
Etiqueta de grife influenciou abordagem feminina e seleção em vaga de emprego
Pesquisa confirma o que muitos já sabiam, etiquetas em roupas influenciam opinião sobre quem as veste
Estilistas de roupas extravagantes certamente desejam que seus clientes acreditem que o uso de suas criações os deixa com ares de riqueza, sofisticação e um alto status. E eles deixam. Mas não pelas mesmas razões que estes designers acreditam. Uma nova pesquisa mostrou o que muitos já suspeitavam, na hora da compra de uma roupa não importa o desenho, mas a etiqueta.
Rob Nelissen e Marijn Meijers analisaram a reação das pessoas que experimentavam roupas criadas pela Lacoste e Tommy Hilfiger. No primeiro teste, os voluntários observaram fotos de um homem vestindo uma camisa pólo. As fotos foram alteradas para que a marca da roupa não aparecesse.
Posteriormente, quando uma marca fosse mostrada estampada na camisa, o homem deveria ser classificado como mais rico ou mais pobre, com o uso de uma escala de cinco pontos. Lacoste e Hilfiger atingiram cerca de 3.5 cada, já Slazenger — marca popular — e a falta de logo não atingiram nem a pontuação 3.
Um segundo experimento abordou mulheres em um shopping para pesquisas. Quando abordadas por um voluntário com camisas de marca, mais de 50% das mulheres toparam responder ao questionário em questão, quando a abordagem era feita sem a marca da roupa, menos de 20% das mulheres aceitaram a pesquisa.
Diversos outros experimentos foram feitos. O uso de etiquetas de grandes grifes influenciou a escolha por uma vaga de emprego e até mesmo a confiabilidade e honestidade de pessoas desconhecidas. De acordo com Nelissen e Meijers, o que ocorre é semelhante à escolha do pavão por suas fêmeas, o de maior cauda leva vantagem.
Comprovadamente, as pessoas reagem às etiquetas como se fossem sinais de qualidade. Os comerciantes podem abrir mais uma garrafa de champagne.
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