Quando o Mundo procrastinou sobre o seu próprio Futuro

As Conclusões da Rio+20



Conclusão

De onde virá o dinheiro?

A principal questão discutida é como os países pobres podem se desenvolver sem criar toda a poluição que os países ricos colocaram no mundo para alcançar o patamar atual. Os países em desenvolvimento argumentam que as nações mais ricas devem financiar projetos de energia limpa como a solar e a eólica para os países pobres, mas como o correspondente da BBC, Richard Black, salientou, as nações desenvolvidas não estão fazendo nenhuma promessa. O presidente dos EUA, Barack Obama, a chanceler alemã, Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico David Cameron sequer vieram para a Rio+20.

As preocupações dos países ocidentais parecem ser outras. A maioria deles está tentando encontrar maneiras para pagar dívidas. O Brasil, anfitrião da conferência, ofereceu passagens, alimentação e alojamento a qualquer nação pobre que não pode se dar ao luxo de gastar para participar de um encontro como este. E os EUA, com sua enorme economia livre da recessão pesada, com seus líderes políticos centrados na eleição presidencial de novembro, simplesmente não deram a atenção merecida a Rio+20.

Como Francis Vorhies, repórter da revista Forbes escreveu: “O elefante na sala, é claro, é a questão financeira. Com os europeus menos dispostos e capazes de transferir recursos para os países em desenvolvimento, de onde virá o dinheiro para cumprir qualquer novo compromisso firmado na Rio+20?”

Sem comprometimentos

A falta de atenção dos líderes ocidentais com a conferência foi traduzida como uma falta de compromisso para promover mudanças ambientais. O jornal Guardian observou que durante as discussões no Rio, o verbo “incentivar” foi usado mais de 50 vezes, mas que o firme verbo “dever” apenas três vezes.

Sem promessas de apoio dos países ricos e da China em vias de se tornar o maior poluidor do mundo, os países em desenvolvimento devem assumir a liderança na Rio+20. Isso significa que, como disse o britânico príncipe Charles, o mundo “dorme enquanto caminha para uma catástrofe”. Talvez, É tentador ver a Rio +20 como uma catástrofe inevitável, um exercício de discussão inútil e sugerir que cada nação deve simplesmente se afastar.

Às vezes a falha em si pode ser um alerta. Grupos de ativistas ambientais têm se esforçado nos últimos anos para conseguir que a mídia aborde a questão da sustentabilidade. Os órgãos de imprensa têm a responsabilidade de transformar o problema de “concentrações de dióxido na atmosfera” em algo inteligível, para promover um debate construtivo sobre o que se pode fazer para diminuí-lo e evitar a catástrofe.

Escolas também têm papel importante ao educar as crianças sobre as questões ambientais. As empresas privadas cujo poder econômico muitas vezes supera as economias de vários governos nacionais, também têm maneiras de alterar a forma como fazem negócios, reduzindo seu consumo de energia e as emissões de fábricas e escritórios. Os consumidores podem recompensar as empresas que são ambientalmente responsáveis pagando mais por seus produtos ecológicos.

A catástrofe não é inevitável, mas vai demorar a ser Abordada, o que só acontecerá quando houver pressão pública e alguns líderes chaves acharem no assunto um interesse político. isso já aconteceu antes. Na década de 1970 e 1980, protestos estudantis contra as armas nucleares pareciam loucura, quando os líderes norte-americanos e soviéticos estavam no auge de sua rivalidade. Mas em 1987 em Washington, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev assinaram, um Acordo de Forças Nucleares de Médio Alcance, o primeiro tratado para limitar o número de armas nucleares no mundo. A União Soviética estava exausta e afundada em dívidas. Às vezes, as dívidas tornam as pessoas flexíveis e criativas.Cs Monitor

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