Casamentos Inter-Religiosos...Você já ouviu falar?

Cresce o número de casamentos inter-religiosos nos EUA


Americanos tendem a se casar mais com alguém de um credo diferente do que com alguém de um partido político diferente (Reprodução/Internet)

Os índices de casamentos inter-religiosos e inter-denominacionais nos Estados Unidos continuam crescendo, ao ponto de 45% dos casamentos na década passada terem envolvido ou duas religiões, ou doutrinas cristãs que colidem seriamente. Naomi Schaefer Riley, autor de um novo estudo sobre esse tipo de casamento, relembra um casamento que contou com duas leituras do Novo Testamento, a quebra de um copo (aludindo à destruição do templo de Jerusalém, no século I), a leitura de um contrato de casamento judeu, um poema transcendentalista e uma prece de casamento Apache.

Os norte-americanos tendem a se casar mais com alguém de um credo diferente do que com alguém que apoia um partido político diferente. Os judeus apontaram essa tendência lá atrás, em uma pesquisa realizada em 1990 que disparou o alarmequando defendeu que metade dos judeus norte-americanos estavam casando com cônjuges de outras religiões. O casamento inter-religioso continua mais frequente entre judeus (e, dentre todos os credos estudados, mais raro entre mórmons). Mas outras religiões têm aderido, com as taxas absolutas desse tipo de união mais que dobrando desde os final dos anos 60.

Schaefer Riley – ela mesma judia e casada com uma testemunha de jeová agnóstica – oferece algumas explicações nada alarmantes: as pessoas estão casando mais tarde, geralmente após períodos de autonomia como adultos solteiros durante os quais as tradições de família são deixadas de lado. Os norte-americanos há muito tempo trocam de religião – e muitos que casam com pessoas de outros credos convertem-se devidamente.

“Até que a fé nos separe”, um livro escrito por Schaefer Riley, encontra tendências preocupantes também. Os casamentos inter-raciais estão mais propensos a terminar em divórcio. O nascimento dos filhos tende a levar os norte-americanos de volta à religião, e as mulheres, então, tendem a tomar a dianteira: filhos nascidos em relações mistas têm duas vezes mais chances de serem criados na religião da mãe do que na do pai, mesmo quando isso entra em confronto com as tradições paternalistas de religiões como o Islamismo. Mesmo assim, muitos casais inter-religiosos deixam de discutir o credo de seus futuros filhos antes do casamento, com medo de não parecerem românticos ou tolerantes.The Economist

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