INAUGURAÇÃO EM 2020

Rio receberá Museu da História e Cultura Afro-Brasileira

O Cais do Valongo foi descoberto em 2011, durante as obras do Porto Maravilha (Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão)

Em 2020, o Rio de Janeiro receberá o museu da História e Cultura Afro-Brasileira, que será inaugurado no prédio Docas Dom Pedro II, localizado na zona portuária da cidade.

O museu tem como missão ressaltar a importância do Cais do Valongo, o maior porto escravagista da história, considerado Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e a Cultura (Unesco).

O prédio escolhido para abrigar o museu é de grande importância para a comunidade negra, por ter sido construído pelo engenheiro negro, André Rebouças, que recusou a utilização de mão de obra escrava, 20 anos antes da abolição da escravatura.

Atualmente, o espaço pertence à União e é ocupado pela organização não governamental Ação da Cidadania, fundada pelo sociólogo Herbert de Sousa. Nilcemar Nogueira, secretária municipal de cultura do Rio de Janeiro, relatou que a prefeitura já está articulando com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a fim de garantir que o museu seja mesmo montado no Docas Dom Pedro II.

“Ele [o museu] é uma construção coletiva, é um museu articulado com a comunidade negra, feito de baixo para cima. Estamos no momento em que tivemos um entrave muito forte porque o prédio desejado é o Docas Dom Pedro II. A gente está articulando junto ao novo presidente da República porque o lugar é aquele”, explicou a secretária.

O Cais do Valongo foi descoberto em 2011, durante escavações das obras do Porto Maravilha, recebendo o título de Patrimônio Mundial. Segundo a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, serão gastos cerca de R$ 4 milhões para preparar o Cais do Valongo para a visitação.

“A embaixada dos Estados Unidos entrou com 500 mil dólares, que nós vamos usar em uma primeira etapa para fazer a parte de consolidação do sítio, das pedras, drenagem, guarda-corpo. A segunda etapa, que é iluminação artística, parte de educação patrimonial e sinalização, será feita com mais 2 milhões de reais necessários, que a gente está com tratativas com a iniciativa privada para nos ajudar em forma de patrocínio”, explicou Bogéa.Agência Brasil

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