CERCO DA ÍNDIA

Caxemira tem as primeiras mortes desde o início do cerco indiano

Região vive cerco desde que o artigo da constituição que garantia autonomia foi revogado (Foto: Twitter/Imtiaz Ali)

Um manifestante e um policial morreram em confronto na porção indiana da Caxemira nesta quarta-feira, 21. Tratam-se das primeiras mortes na região, desde que o governo indiano revogou o artigo 370 da constituição, que garantia uma grau de autonomia local.

As mortes ocorreram em Ganie-Hamam, um vilarejo no distrito de Baramulla. Segundo um comunicado da policia indiana enviado à rede Al Jazeera, rebeldes armados entraram em confronto com a polícia e lançaram granadas contra os agentes, ferindo dois deles. Um dos agentes, identificado como Bilal Ahmad, morreu no hospital.

O civil morto no confronto foi identificado como Momin Gujri, residente de Baramulla e membro do grupo rebelde Lashkar-e-Taiba.

Desde o dia 5 deste mês, quando a Índia revogou o grau de autonomia de Jammu e Caxemira (nome oficial da porção indiana da Caxemira também chamado de IOK), moradores da região vivem sobre um toque de recolher imposto por agentes de segurança indianos destacados para a região. Estabelecimentos comerciais são impedidos de abrir as portas e vias da região foram bloqueadas, bem como os sinais de telefone e internet.

A medida vem desencadeando protestos de moradores locais, que são reprimidos pelos agentes de segurança.

O cerco afeta particularmente as mulheres. O temor de assédio e ataques sexuais por parte das forças indianas vem se alastrando juntamente com declarações machistas sobre as mulheres caxemirianas, que são constantemente objetificadas pelo cinema indiano, representadas como exóticas.Al Jazeera

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