Conheça o novo diagnóstico da superbactéria KPC


Uma cultura da bactéria Klebsiella pneumoniae (Fonte: Wired)

A DASA, maior empresa de medicina diagnóstica na América Latina e quarta maior deste segmento no mundo, disponibiliza ao mercado de saúde o teste confirmatório para detecção da bactéria produtora de KPC — Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. Ideal para instituições de saúde, o exame contribui, significativamente, na detecção precoce das bactérias produtoras de KPC e auxilia diretamente na vigilância e controle de surtos ocasionados por estes agentes, já que concede resultados precisos por meio de caracterização molecular e dispensa outros testes confirmatórios.

Segundo o coordenador do Laboratório de Biologia Molecular da DASA e especialista na área, Dr. Nelson Gaburo Junior, a nova metodologia por análise molecular, quer seja por PCR e enzimas de restrição ou PCR seguido de sequenciamento automático de DNA, permite identificar a KPC e possibilita a caracterização de diferentes clones desses microorganismos. “É importante ressaltarmos que esses procedimentos auxiliam na implementação de medidas de controle mais efetivas por parte das instituições de saúde”, acrescenta Dr. Gaburo.

Os testes mais comuns empregados no rastreamento da KPC são diversificados, podendo utilizar o método de cultivo de células ou identificação. A identificação da bactéria é complementada pela realização de teste de sensibilidade aos antibióticos e outros testes confirmatórios, o que demanda tempo para o diagnóstico definitivo. “Em casos de surtos de bactérias super resistentes, como o caso do Brasil diante da KPC, a eficácia e agilidade dos laudos é um agente bastante importante no controle e erradicação destes microorganismos. Além disso, o teste molecular permite traçar o caminho da disseminação da bactéria no hospital e auxiliar no seu controle”, completa o especialista.

Com o novo serviço, a DASA contribui efetivamente com as instituições de saúde no combate ao surto de infecções causadas por estas bactérias resistentes a diversas classes de antimicrobianos – as chamadas “superbactérias”.

No Rio de Janeiro, as marcas Lâmina e Bronstein já estão realizando o teste da superbactéria KPC em suas unidades hospitalares.

A KPC
A KPC, responsável por infecções em humanos, principalmente em ambiente hospitalar, foi descrita pela primeira vez na Carolina do Norte (Estados Unidos) em 1996. Desde então, houve disseminação deste agente para outras regiões dos Estados Unidos e posteriormente outros continentes, como Europa (principalmente na Grécia), Ásia e América do Sul. No Brasil, o primeiro relato ocorreu em Recife no ano de 2007. Atualmente, encontra-se disseminada em diversas regiões brasileiras e recentemente foi responsável por grandes surtos em diversos hospitais brasileiros.

Geralmente, estes casos isolados apresentam resistência concomitante a quase todos os agentes antimicrobianos testados e estão associadas a altas taxas de mortalidade, particularmente entre pacientes muito debilitados, expostos a procedimentos invasivos e com tempo de hospitalização prolongado (CDC 2009). Uma importante particularidade destes agentes é que o gene que codifica a produção desta enzima (carbapenemase) está inserido em um plasmídio (gene blaKPC), elemento genético móvel que pode se disseminar facilmente tanto para bactérias da mesma espécie como para bactérias de espécies diferentes.

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