Maluf desiste de confessar crime nos Estados Unidos


Desde que caiu na malha fina, Paulo Maluf jamais admitiu a autoria de um crime (Reprodução/Veja)

Depois de quase um ano de acordo com a promotoria de Manhattan, nos Estados Unidos, Paulo Maluf desistiu de admitir a autoria de um crime para ter seu nome excluído do alerta vermelho, o índex dos mais procurados da Interpol em todo o mundo.

O ex-prefeito de São Paulo e atual deputado pelo PP iria viajar para a audiência nos Estados Unidos sob a condição de não ser algemado, nem mantido em cela prisional. A confissão do crime se daria perante o Tribunal Criminal de Nova York. Mas o pacto encalhou há duas semanas, quando Maluf, seus advogados e a promotoria norte-americana iriam assinar o documento de treze cláusulas.

Na ocasião, Maluf iria admitir o delito classificado formalmente de falsificação de registros contábeis praticado nos Estados Unidos. Ele também estava disposto a declarar que “não tem interesse” em US$ 22 milhões do Macdoel Trust, na Ilha de Jersey. Macdoel Trust é um fundo controlado por três empresas cuja titularidade o Ministério Público de São Paulo atribui ao ex-prefeito e ao filho mais velho de Maluf, Flávio.

O termo, pronto há três meses, determinava o desembolso de US$ 700 mil e as despesas obrigatórias impostas pelo tribunal de acordo com a lei penal. O provável motivo do fracasso da negociação seria justamente Flávio, atual presidente da Eucatex, porque ele ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para eventual ação de natureza penal.

Desde que caiu na malha fina da promotoria em São Paulo, Maluf jamais admitiu a prática de um único crime. O fracasso da negociação frustra os planos da Prefeitura de São Paulo, que pretendia reinvestir esses recursos supostamente desviados na área social.

Financeiramente, Maluf tem se comprometido com despesas elevadas de advogados que cobram por hora de expediente em Jersey, Genebra e Nova York. Outro motivo para ele querer negociar um acordo seria sua idade avançada. Maluf completou 80 anos no ultimo dia 3, e a demanda na corte norte-americana tende a demorar no mínimo três anos para ser concluída.

Fonte:Estadão

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