Indústria do petróleo ganha novo aliado


Nova disciplina da física digital das rochas tem atraído atenção na indústria

Encontrar petróleo é uma coisa. Extraí-lo do solo em quantidades comerciais é outra totalmente diferente. Fazê-lo com sucesso depende do entendimento da estrutura granular da rocha sob a qual o petróleo está retido e de análises tediosas de inúmeras amostras, isto é, a avaliação da capacidade de diversas amostras de reter hidrocarbonetos e a estimativa do fluxo destes hidrocarbonetos por entre as rochas. Isto pode levar anos.
Ajuda, contudo, está ao alcance. A tomografia computadorizada tem sido usada pela medicina por várias décadas e agora está sendo aplicada à geologia. Juntamente à microscopia eletrônica, o uso geológico da tomografia computadorizada gerou um novo campo de estudos, a análise digital de rochas. Os proponentes acreditam que esta nova disciplina permitirá às empresas petrolíferas decidirem muito mais rapidamente do quais áreas são passíveis de exploração lucrativa e quais devem ser abandonadas.
Um destes proponentes é Amos Nur, chefe de tecnologia da Ingrain, companhia baseada em Houston, Texas. Sua empresa é um dos três laboratórios independentes do mundo de análise digital de rochas. De acordo com Nur, a nova tecnologia é capaz de criar imagens tridimensionais da estrutura de uma amostra com uma resolução de 50 nanômetros. Isto é o bastante para revelar como o petróleo e o gás retidos nos poros entre os grãos das rochas se comportarão.
A imagem, que mostra a porosidade da rocha e os canais por entre os poros, é analisada por um computador que revela o grau de facilidade com a qual os hidrocarbonetos fluirão por entre a rocha sob pressão – logo a produtividade provável de um poço escavado naquele local.
Ainda não está claro se a física digital das rochas substituirá os métodos tradicionais. A nova disciplina da física digital das rochas tem, não obstante, atraído atenção considerável na indústria. Companhias petrolíferas menores estão se utilizando dos recursos das empresas Ingrain, Numerical Rocks e Digitalcore. As maiores petrolíferas, como a BP, Chevron e Shell, estão criando os seus próprios laboratórios de análise digital de rochas. À medida que a oferta de óleo cru diminui e o preço, por conseguinte, aumenta, qualquer coisa que torne o processo de prospecção de novos poços mais barato será bem-vinda.


Fonte:Economist

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