À Espera de um Milagre...‘Democracia há de vencer’, diz Dilma

Dilma Rousseff fez pronunciamento aos senadores que votarão seu impeachment e aos brasileiros / Reprodução/BandNews TV

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) divulgou uma carta nesta terça-feira aos senadores que votarão o seu impeachment, a partir do dia 25 deste mês, e aos brasileiros, durante entrevista coletiva à imprensa no Palácio da Alvorada.

Dilma declarou que é honesta e que honrou os votos que obteve nas eleições de 2015. “Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do país”, disse Dilma

No documento, intitulado "Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro", Dilma reafirma que não cometeu crime de responsabilidade e classifica o processo de impeachment contra ela de "golpe". Segundo a petista, não há razão legal para o processo de impeachment. Dilma diz que caso o Senado decida pelo afastamento definitivo dela da Presidência da República haverá "ruptura da ordem democrática baseada em um impeachment sem crime de responsabilidade". Ela disse ainda que os atos que praticou são idênticos aos praticados por antigos presidentes e que “não era crime na época deles e também não é agora".

A presidente afastada voltou ainda a alfinetar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público e não recebi propina de ninguém", disse.

A petista disse que com seu afastamento da Presidência ela se aproximou, ouviu o reconhecimento e recebeu o carinho do povo, bem como recebeu criticas ao seu governo. “Acolho essas criticas com humildade e determinação, para que possamos construir um novo caminho”, apontou.

"A democracia há de vencer", finalizou Dilma.

A presidente afastada apenas leu o documento e não respondeu perguntas.

Plebiscito e reforma política

A presidente afastada afirmou que apoiará a convocação de um plebiscito, a fim de “consultar a população sobre a realização antecipada das eleições, bem como a reforma política e eleitoral”.

Na carta, Dilma abordou a crise política e defendeu que a população decida sobre a realização de um novo pleito presidencial. “A restauração plena da democracia requer que a população decida qual o melhor caminho para melhorar a governabilidade", disse.

Processo

Na semana passada, 59 senadores votaram pela aceitação do parecer que dá continuidade ao processo. Com isso, o julgamento de Dilma por crime de responsabilidade terá início no próximo dia 25, uma quinta-feira. Para barrar o impeachment, Dilma precisa do voto de, no mínimo, 28 do 81 senadores. A presidenta afastada não informou se irá ao Senado para apresentar pessoalmente sua defesa. Agência Brasil

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