TERRORISMO SOMÁLIA

Atentado na Somália deixa 300 mortos

Vários prédios da cidade de Mogadíscio foram danificados (Fonte: Reprodução/Reuters)

O governo da Somália informou nesta segunda-feira, 16, que mais de 300 pessoas morreram e 275 ficaram feridas após explosões em Mogadíscio, capital do país, neste final de semana. O número de mortos foi confirmado pelo diretor do serviço de ambulâncias do país, Abdikadir Abdirahman.

O ataque foi realizado no último sábado, 14, com um caminhão-bomba em uma avenida bastante movimentada de um bairro comercial da capital.

Em comunicado, o governo somali ressaltou que “ainda há uma operação nacional de emergência em curso e divulgaremos qualquer nova informação”, dando a entender que o número de mortos e feridos pode aumentar.

O atentado terrorista ainda não foi reivindicado por nenhum grupo. Autoridades acreditam, no entanto, que os autores sejam os islamitas somalis Shebab, ligados à Al-Qaeda, que executam ataques frequentes na região.

Trata-se do ataque mais violento na história da Somália. O presidente Mohamed Abdullahi Mohamed decretou três dias de luto nacional.

Em discurso transmitido na TV, o presidente afirmou que “é um ataque horrível perpetrado pelo Shebab contra civis inocentes, que não foi dirigido contra os responsáveis pelo governo somali. Isso mostra a falta de piedade desses elementos violentos, que atacam sem distinção pessoas inocentes”.

País é um dos que mais registra atentados

Um levantamento feito pelo governo dos Estados Unidos aponta que a Somália é um dos países que mais registra ataques terroristas no mundo. O Shebab constantemente ataca bases militares e alvos civis em áreas controladas pelo governo central, apoiado pela ONU e pela União Africana.

De acordo com o estudo publicado em junho deste ano pelo Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Reações ao Terrorismo, um “centro de excelência” do Departamento de Segurança Interior do governo dos Estados Unidos, a Somália integra uma lista de dez países onde ocorrem 75% de todos os atentados terroristas no mundo, ao lado de Iraque, Afeganistão, Índia, Paquistão, Filipinas, Turquia, Nigéria, Iêmen e Síria.

O país vive conflitos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Com isso, o país passou a ser comandado por milícias radicais islâmicas e ficou por anos sem um governo efetivo, ampliando a instabilidade.

Em fevereiro deste ano, Mohamed Abdullahi Mohamed foi eleito o presidente da Somália após o país adiar as eleições por cinco vezes.G1

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