Facebook e Twitter cooperaram com Operação Hashtag

Juiz responsável pela investigação do suposto plano de atentado terrorista no Rio disse que não há anonimato para esse tipo de atividade na internet (Foto: Pixabay)

O juiz responsável pela investigação que levou à prisão, na semana passada, de supostos militantes do Estado Islâmico no Brasil, disse que o Facebook e o Twitter colaboraram com os investigadores, fornecendo informações sobre o conteúdo das conversas compartilhadas pelos suspeitos em suas redes sociais.

Em uma entrevista na noite de domingo, 24, o juiz Marcos Josegrei da Silva disse que a cooperação por parte de ambas as empresas, depois de uma ordem judicial ligada à investigação, foi fundamental para compreender a natureza das discussões levadas a cabo pelos 12 suspeitos presos até agora.

“As empresas começaram a fornecer dados relacionados ao conteúdo das conversas e dados sobre onde essas conversas foram postadas”, disse o juiz, sem fornecer mais detalhes.

Porta-vozes do Facebook e do Twitter se recusaram a comentar detalhes do caso. Ambos disseram que suas respectivas empresas têm tolerância zero para atividades relacionadas ao terrorismo e outros crimes e que cooperam com as autoridades policiais quando necessário.

Operação Hashtag

Os suspeitos foram presos como parte da Operação Hashtag, da Polícia Federal. Eles seriam simpatizantes do grupo militante Estado Islâmico e haviam discutido, em aplicativos de mensagens e redes sociais na internet, formas de atacar os Jogos Olímpicos no Rio.

Na entrevista, o juiz disse que “não há anonimato para esses tipos de atividades na internet”.

A declaração do juiz sobre a cooperação por parte das empresas de mídia social vem em meio a um crescente debate no Brasil sobre questões de privacidade e a aplicação da lei no país.

O serviço de mensagens WhatsApp do Facebook, por exemplo, foi bloqueado temporariamente pela Justiça brasileira em pelo menos três ocasiões — mais recentemente na semana passada – como forma de pressionar a empresa a entregar à Polícia Federal dados de usuários suspeitos de cometer crimes no país.

Comparado ao conteúdo no Facebook, Twitter e outras redes sociais nas quais os usuários compartilham informações abertamente com outros usuários, no entanto, os dados enviados pelo WhatsApp e serviços de mensagens semelhantes são criptografados. Os dados são embaralhados antes do envio, de modo que as empresas alegam que nem elas mesmas conseguem acessá-los.The New York Times

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