Os desafios da TV por assinatura em meio à revolução digital

Televisão a cabo busca formas de não se tornar obsoleta (Foto: Flick/Televisione Streaming)

Segundo as previsões, a existência da televisão a cabo terminaria em breve em um banho de sangue digno das cenas mais violentas de Game of Thrones. O alto custo da TV a cabo nos Estados Unidos, aliado ao serviço péssimo
prestado ao cliente e ao aumento do uso dos serviços de streaming sob demanda como substitutos sem custo da TV por assinatura, incentivaria milhões de telespectadores a “cortar a conexão” com as operadoras de TV. O sinal de televisão seria transmitido via internet e os clientes pagariam bem menos pelo serviço. Em consequência, muitos canais com uma pequena audiência não sobreviveriam à concorrência.

Essa, pelo menos, era a ideia predominante. No entanto, a morte da televisão a cabo tem sido um processo lento e sem grandes choques. Algumas famílias americanas começaram a cancelar os contratos com operadoras de serviços de TV por assinatura, mas apenas na proporção de cerca de 1% por ano.

A audiência da televisão está em declínio, sobretudo entre os jovens, um grupo cobiçado pelos anunciantes. Porém as empresas de mídia continuam a usá-la como meio de comunicação, por causa do custo mais alto dos anúncios e do aumento anual do preço da assinatura da TV a cabo. O uso da Netflix e de outros serviços de streaming tem sido um sucesso nos EUA e metade das famílias americanas assina pelo menos um dos serviços, porém mais como outrocanal de filmes e seriados, em vez de um substituto da TV. Em geral, os americanos estão pagando mais do que antes para assistir à televisão.

Isso ameaça o futuro de um dos melhores modelos de negócios da história da mídia. Os conglomerados da mídia ofereciam um pacote de serviços para seus clientes, no início, a preços razoáveis. E o público fiel continuava a
crescer junto com os números de canais.

Agora os clientes estão menos leais. O ritmo da substituição da televisão a cabo pela transmissão de programas de entretenimento via internet ou por serviços de streaming não foi tão rápido como previsto, mas começou a
acelerar. Desde 2013, o número de pessoas que está cancelando seus contratos de TV por assinatura é maior das que aderem. Por enquanto, as perdas foram modestas, pouco mais de meio milhão de assinantes em 2013 e 2014, de um
total de 101 milhões.

Os que optam por outros tipos de serviços de TV quase nunca voltam a ser assinantes de TV a cabo. A geração milênio foi apelidada de “cord-nevers” pelos executivos da mídia, porque se recusam a serem assinantes de TV a
cabo. Esse público foi atraído pelo mundo da assinatura do vídeo sob demanda: Netflix, Amazon Prime video, Hulu, HBO Now, entre outros, serviços que custam em torno de US$10 a US$15 por mês.

Mas as redes de TV a cabo estão conscientes do que aconteceu com a entrada no mercado dos serviços de streaming de música e vídeo como o iTunes da Apple e o Spotify. Elas farão o que for possível para evitar que a TV por
assinatura tenha o mesmo destino do setor de música.SERVIÇOS DE STREAMING


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