'CIMENTO ESPACIAL

Nasa vai testar projeto desenvolvido por estudantes brasileiros

O projeto é uma mistura de cimento com plástico reciclável (Foto: Divulgação/Colégio Dante)

Estudantes brasileiros, entre 12 e 13 anos de idade, vão apresentar, nesta quinta-feira, 28, um projeto vencedor do concurso espacial do governo dos Estados Unidos. O “cimento espacial”, como foi chamado, será lançado ao espaço na sexta-feira, 29, para ser testado.

O projeto foi desenvolvido em uma parceria com a Missão Garatéa, que reuniu quatro alunos do Colégio Dante Alighieri, uma estudante do Projeto Âncora e um aluno da Escola Municipal Perimetral, todos de São Paulo, sob a coordenação do engenheiro espacial Lucas Fonseca. Os estudantes precisaram reunir R$ 20 mil para custear a viagem aos Estados Unidos para apresentar o projeto à Agência Espacial Americana (Nasa).

“Estamos em um momento crucial da ciência no Brasil, e despertar o interesse das crianças pela ciência é um processo importantíssimo para garantirmos a continuidade de todo um trabalho exercido no país”, afirmou Lucas Fonseca em entrevista ao G1.

O projeto dos brasileiros foi escolhido em dezembro pela Nasa e será testado ao longo de um mês no espaço, analisando a sua resistência diante da gravidade espacial na Estação Espacial Internacional (ISS). Após o período, o cimento espacial vai retornar à Terra para ter a sua eficácia analisada. O projeto foi o único brasileiro entre 10 mil trabalhos participantes.

O projeto é uma mistura de cimento com plástico reciclável. Caso o cimento espacial se mostre eficaz no espaço, é possível que ele seja recriado a partir de impressoras 3D para a construção de uma base espacial. A hipótese é que o cimento, com a aplicação de plástico, vai se comportar de maneira semelhante como acontece na Terra.

Para o experimento, foram desenvolvidos dois projetos. Enquanto um será enviado ao espaço, o outro ficará sendo testado na Terra. Depois de 30 dias, o cimento espacial retornará ao planeta para ser comparado com o outro material que ficará em um laboratório.

“Tudo foi uma rica oportunidade para estimularmos o pensamento científico, a criatividade e as atitudes de colaboração e de preocupação com a valorização da ciência e da tecnologia”, celebrou a coordenadora-geral pedagógica do Dante Alighieri, Sandra Tonidandel.Tecmundo

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