LEVANTAMENTO PRISIONAL BRASIL

Brasil tem mais de 143 mil mandados de prisão em aberto

O Brasil tem, atualmente, a terceira maior população carcerária do mundo (Foto: Agência Brasil)

Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostrou que existem 143.967 mandados de prisão em aberto no Brasil. Os dados foram revelados pelo jornal Globo desta segunda-feira, 25.

O Brasil tem, atualmente, a terceira maior população carcerária do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos e China. Segundo o Ministério da Justiça, existem 726.712 pessoas presas no Brasil. No entanto, o número poderia ser ainda maior, caso os mandados fossem cumpridos.

Muitos são os motivos para que as pessoas condenadas permaneçam em liberdade. Segundo a reportagem do Globo, 136.952 se referem a pessoas procuradas, enquanto 7.015 são de indivíduos foragidos – que já estiveram presos um dia.

Por estados, a maior população carcerária do Brasil é a de São Paulo, com 150.995 presos. No entanto, quando analisados os mandados em aberto, o Rio de Janeiro conta com a maioria. Ao todo, 34.058 mandados precisam ser cumpridos no estado. É difícil quantificar alguns outros estados, como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e, até mesmo São Paulo, pois os dados ainda estão incompletos.

Para tentar reduzir o número de mandados em aberto, algumas polícias estaduais contam com bônus por produtividade ou benefícios para os agentes. Segundo o Globo, porém, muitos policiais procuram cumprir mandados mais fáceis, de crimes mais leves, atingindo a meta numérica, mas não reforçando a segurança do estado.

Discrepância de dados

O CNJ acredita que os dados do Ministério da Justiça, de 2016, foram superestimados. Isso porque, no levantamento do CNJ, foram cadastrados, até o momento, 494.972 presos. Com isso, a expectativa é que o número de encarcerados no Brasil não chegue a 700 mil – o levantamento deve ser finalizado até o próximo mês.

Há uma diferença na metodologia de contagem de presos dos dois órgãos. De acordo com o CNJ, mesmo quando o preso é colocado em liberdade, o Ministério da Justiça demora a atualizar os números. Além disso, houve ocasiões em que um detento transferido de presídio foi contabilizado duas vezes. Alguns presídios contam o número de presos pelas refeições servidas.

“Os dados do Depen [Departamento Penitenciário] abrangem dados consolidados de custodiados mantidos em carceragens da segurança pública e custodiados mantidos pelos órgãos de administração penitenciária, sejam eles sem condenação ou condenados do regime fechado, semiaberto e aberto”, informou o Ministério da Justiça, através de uma nota ao jornal Globo.

Já o CNJ analisa os dados dos presos através dos mandados expedidos pelas Varas de Execução Penal. Dessa forma, o órgão consegue quantificar quantos mandados realmente foram cumpridos, quantos estão em aberto, as decisões de libertação de detentos e as transferências entre presídios.O Globo

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