GERAÇÃO DO MILÊNIO
A crise existencial da Geração Y
As relações pessoais são um fator importante para a saúde psíquica e física ao longo da vida (Foto: PxHere)
Segundo uma nova pesquisa, a geração do milênio no Reino Unido será a primeira geração de pessoas, entre 20 e 30 anos de idade, menos saudáveis do que seus pais.
A organização sem fins lucrativos Health Foundation publicou as primeiras conclusões de um estudo realizado durante dois anos sobre a saúde futura dos jovens nascidos entre 1980 e 1995.
O estudo, publicado em 18 de junho, mostrou que pessoas entre 20 e 30 anos têm dificuldade em conseguir moradias, empregos estáveis e em manter relações sociais, fatores que afetam a saúde ao longo do tempo.
“Os ganhos obtidos na melhoria da saúde das gerações anteriores podem ser eliminados pela precariedade e instabilidade da vida de alguns jovens”, citou a pesquisa.
O estudo associou a falta de moradias com preços acessíveis e o mercado de trabalho incerto aos problemas de saúde de longo prazo. Quatro fatores contribuem para a saúde mental e física: apoio emocional, qualificações adequadas para seguir uma carreira promissora, ajuda prática e relações pessoais.
“Essa pesquisa mostrou que muitos jovens no Reino Unido não estão recebendo o apoio necessário para fazer uma transição suave em direção à vida adulta”, disse Jo Bibby, diretor do departamento de saúde da Health Foundation. “Esse apoio é essencial para garantir um futuro saudável. Sem isso, a saúde deles está ameaçada”.
Os contratos de trabalho nos quais as pessoas são chamadas para trabalhar só quando necessário, os contratos temporários sem vínculo empregatício e a oferta de postos de trabalho inadequados à formação universitária dos jovens provocam estresse e depressão. Mais da metade dos entrevistados queixou-se da dificuldade em encontrar “um trabalho estável e bem remunerado”, que também oferecesse “oportunidade de desenvolvimento profissional”.
O estudo destacou ainda as relações pessoais como um fator importante para a saúde psíquica e física ao longo da vida. A geração do milênio é a primeira a viver em um ambiente digital e a se relacionar no mundo solitário das redes sociais, sem interação física.
“Os jovens enfrentam situações mais estressantes do que as gerações anteriores, com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, custos crescentes de moradia, aumento dos custos da educação superior e questões de afirmação da individualidade e da autoconfiança”, disse Morag Henderson, socióloga da University College London (UCL).
“O contrato de trabalho temporário e o desemprego afetam a saúde em geral, independente das características individuais e comportamentais”, disse Henderson. “O estresse financeiro ou o estresse associado a empregos medíocres e instáveis causa ansiedade e depressão.”
A Health Foundation tem planos de continuar sua pesquisa de campo paralela à pesquisa sobre a saúde dos jovens da Association of Young People’s Health e do UCL Institute of Child Health. As conclusões finais deverão ser divulgadas em 2019.CNN
Segundo uma nova pesquisa, a geração do milênio no Reino Unido será a primeira geração de pessoas, entre 20 e 30 anos de idade, menos saudáveis do que seus pais.
A organização sem fins lucrativos Health Foundation publicou as primeiras conclusões de um estudo realizado durante dois anos sobre a saúde futura dos jovens nascidos entre 1980 e 1995.
O estudo, publicado em 18 de junho, mostrou que pessoas entre 20 e 30 anos têm dificuldade em conseguir moradias, empregos estáveis e em manter relações sociais, fatores que afetam a saúde ao longo do tempo.
“Os ganhos obtidos na melhoria da saúde das gerações anteriores podem ser eliminados pela precariedade e instabilidade da vida de alguns jovens”, citou a pesquisa.
O estudo associou a falta de moradias com preços acessíveis e o mercado de trabalho incerto aos problemas de saúde de longo prazo. Quatro fatores contribuem para a saúde mental e física: apoio emocional, qualificações adequadas para seguir uma carreira promissora, ajuda prática e relações pessoais.
“Essa pesquisa mostrou que muitos jovens no Reino Unido não estão recebendo o apoio necessário para fazer uma transição suave em direção à vida adulta”, disse Jo Bibby, diretor do departamento de saúde da Health Foundation. “Esse apoio é essencial para garantir um futuro saudável. Sem isso, a saúde deles está ameaçada”.
Os contratos de trabalho nos quais as pessoas são chamadas para trabalhar só quando necessário, os contratos temporários sem vínculo empregatício e a oferta de postos de trabalho inadequados à formação universitária dos jovens provocam estresse e depressão. Mais da metade dos entrevistados queixou-se da dificuldade em encontrar “um trabalho estável e bem remunerado”, que também oferecesse “oportunidade de desenvolvimento profissional”.
O estudo destacou ainda as relações pessoais como um fator importante para a saúde psíquica e física ao longo da vida. A geração do milênio é a primeira a viver em um ambiente digital e a se relacionar no mundo solitário das redes sociais, sem interação física.
“Os jovens enfrentam situações mais estressantes do que as gerações anteriores, com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, custos crescentes de moradia, aumento dos custos da educação superior e questões de afirmação da individualidade e da autoconfiança”, disse Morag Henderson, socióloga da University College London (UCL).
“O contrato de trabalho temporário e o desemprego afetam a saúde em geral, independente das características individuais e comportamentais”, disse Henderson. “O estresse financeiro ou o estresse associado a empregos medíocres e instáveis causa ansiedade e depressão.”
A Health Foundation tem planos de continuar sua pesquisa de campo paralela à pesquisa sobre a saúde dos jovens da Association of Young People’s Health e do UCL Institute of Child Health. As conclusões finais deverão ser divulgadas em 2019.CNN
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