NIGÉRIA

Confronto entre comunidades rurais deixa mais de 200 mortos

Um toque de recolher foi estabelecido para garantir a segurança dos cidadãos (Foto: Kelly Kasili/Twitter)

Mais de 200 pessoas já morreram devido a confrontos entre comunidades rurais na Nigéria. A informação foi divulgada pelo governador do estado de Plateau, Simon Bako Lalong, na última terça-feira, 26.

O número de mortos, porém, ainda é inconclusivo, segundo aponta a AFP. De acordo com a polícia, 86 morreram nos confrontos até o momento. Já fontes locais apontam mais de 100 mortos, enquanto o governador citou a morte de mais de 200 pessoas.

O principal grupo de fazendeiros nômades do país negou o envolvimento nos confrontos que resultaram nas mortes. Além disso, a associação afirmou que diferentes integrantes do grupo foram atacados nos últimos meses.

O estado de Plateau fica no centro da Nigéria, um país dividido por questões étnicas, raciais e religiosas. Com isso, segundo a AFP, algumas fontes afirmam que a violência cresceu depois que membros da etnia Berom mataram cinco integrantes da etnia Fulani.

O intenso conflito estaria sendo motivado pela luta por acesso à terra entre produtores rurais e pastores nômades, mas as questões étnicas e raciais ampliam ainda mais a violência. De acordo com o governador de Plateau, a última onda de violência no estado teria sido realizada com “armas sofisticadas”, o que demonstra uma “invasão terrorista”.

Através das redes sociais, Simon Bako Lalong pediu para que todos os cidadãos obedeçam o toque de recolher, entre 18h e 6h, estabelecido pelo governo do estado como medida de segurança.

“Após este renovado episódio de violência, após cerca de três anos de alguma estabilidade em termos de paz e segurança, mais uma vez enfrentamos o risco de uma recaída. Nós não nos permitiremos ser arrastados em nosso passado sangrento”, afirmou o governador através do Twitter.

O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, que assumiu o poder em 2015, divulgou uma nota, nos últimos dias, pelas redes sociais, garantindo que os “esforços não serão poupados” para combater a violência. Como uma de suas principais promessas ao assumir a presidência, Buhari afirmou que iria conter a insegurança em todo o território nacional, combatendo principalmente o grupo extremista Boko Haram, que já matou mais de 20 mil pessoas desde 2009.

No entanto, os novos conflitos colocam em xeque a promessa do presidente. À medida que as próximas eleições presidenciais se aproximam, previstas para fevereiro de 2019, a insegurança parece estar crescendo em todo o país. Os parlamentares nigerianos ameaçaram um movimento de impeachment contra Buhari exatamente pela falha na segurança nacional.AFP

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