VAZAMENTOS E FRAUDES
Quase 40% da água tratada no Brasil é perdida
Para as grandes cidades, o índice que estima o quanto da água potável produzida que não foi faturada é de 41,3% (Fonte: Reprodução/Thinkstock)
Um estudo do Instituto Trata Brasil revelou que quase 40% da água tratada no Brasil é perdida em função de vazamentos nas tubulações, ligações clandestinas e erros de medição. O levantamento foi obtido pelo Portal G1.
Dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) de 2015, divulgados em janeiro, mostram que houve uma evolução muito lenta para reduzir a perda de água no país em um intervalo de quatro anos. O índice era de 38,8% em 2011 e passou para 36,7% em 2015.
O estudo faz também uma avaliação do desempenho das 100 maiores cidades do país — que concentram cerca de 40% da população brasileira e que deveriam puxar o crescimento — em relação à média nacional. De acordo com o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, as diferenças entre os índices nacionais e os dessas cidades, no entanto, são pequenas.
“São grandes aglomerados com capacidade de investimento, de fazer projetos, com corpo de engenharia, então esperávamos que estas 100 cidades fossem a locomotiva do país. Os números, porém, mostram que não, que nem as capitais estão conseguindo fazer o papel de melhorar mais rapidamente os indicadores de água e esgoto […] Se essas cidades não estão conseguindo, imagina os municípios menores, que têm piores estruturas”, ressalta Édison Carlos.
A coleta de esgoto foi o único índice que melhorou bem mais nas 100 maiores cidades do país. Enquanto a cobertura nacional é de 50,3% da população, nos grandes municípios chega a 71,1%.
Além do desperdício representado pelas perdas nas distribuições de água tratada, o Instituto Trata Brasil ressalta que as cidades também deixam de arrecadar. Para as grandes cidades, o índice que estima o quanto da água potável produzida que não foi faturada é de 41,3%. Em Manaus, por exemplo, 73,1% da água não é cobrada.
“É um absurdo, é impossível fazer investimentos no setor de saneamento com perda financeira na ordem de 70%. E são volumes gigantescos de água que se perdem […] O que se espera não é fácil, pois trocar redes com a capital inteira funcionando não é simples. Tem que paralisar rua. São quilômetros e quilômetros de tubulações para serem trocadas, mas tem que fazer, porque, se não fizer, não vai ter recurso para investir no sistema”, afirma Édison Carlos.
Para as grandes cidades, o índice que estima o quanto da água potável produzida que não foi faturada é de 41,3% (Fonte: Reprodução/Thinkstock)
Um estudo do Instituto Trata Brasil revelou que quase 40% da água tratada no Brasil é perdida em função de vazamentos nas tubulações, ligações clandestinas e erros de medição. O levantamento foi obtido pelo Portal G1.
Dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) de 2015, divulgados em janeiro, mostram que houve uma evolução muito lenta para reduzir a perda de água no país em um intervalo de quatro anos. O índice era de 38,8% em 2011 e passou para 36,7% em 2015.
O estudo faz também uma avaliação do desempenho das 100 maiores cidades do país — que concentram cerca de 40% da população brasileira e que deveriam puxar o crescimento — em relação à média nacional. De acordo com o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, as diferenças entre os índices nacionais e os dessas cidades, no entanto, são pequenas.
“São grandes aglomerados com capacidade de investimento, de fazer projetos, com corpo de engenharia, então esperávamos que estas 100 cidades fossem a locomotiva do país. Os números, porém, mostram que não, que nem as capitais estão conseguindo fazer o papel de melhorar mais rapidamente os indicadores de água e esgoto […] Se essas cidades não estão conseguindo, imagina os municípios menores, que têm piores estruturas”, ressalta Édison Carlos.
A coleta de esgoto foi o único índice que melhorou bem mais nas 100 maiores cidades do país. Enquanto a cobertura nacional é de 50,3% da população, nos grandes municípios chega a 71,1%.
Além do desperdício representado pelas perdas nas distribuições de água tratada, o Instituto Trata Brasil ressalta que as cidades também deixam de arrecadar. Para as grandes cidades, o índice que estima o quanto da água potável produzida que não foi faturada é de 41,3%. Em Manaus, por exemplo, 73,1% da água não é cobrada.
“É um absurdo, é impossível fazer investimentos no setor de saneamento com perda financeira na ordem de 70%. E são volumes gigantescos de água que se perdem […] O que se espera não é fácil, pois trocar redes com a capital inteira funcionando não é simples. Tem que paralisar rua. São quilômetros e quilômetros de tubulações para serem trocadas, mas tem que fazer, porque, se não fizer, não vai ter recurso para investir no sistema”, afirma Édison Carlos.
Comentários
Postar um comentário