DEPOIMENTOS NA OPAQ
Rússia e Síria apresentam testemunhas que negam ataque químico
Depoimentos foram dados na sede da Opaq em Haia, na Holanda (Foto: AP/Peter Dejong)
Diplomatas da Rússia e da Síria apresentaram na última quinta-feira, 26, o testemunho de 15 moradores de Douma que negaram a ocorrência do ataque químico relatado em 7 de abril pela oposição síria e a coalizão americana.
O testemunho foi dado em uma entrevista na sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), em Haia, na Holanda. Entre os moradores apresentados, estava o menino Hassan Diab, de 11 anos, que aparece no vídeo divulgado pela oposição síria aparentemente sufocando em uma clínica médica e com pessoas jogando água em seu rosto.
Em seu depoimento, Hassan disse que ele, sua mãe e seus irmãos foram para a clínica após serem instruídos por uma pessoa que gritava “Ataque químico. Ataque químico.”. Na clínica, ele disse ter sido agarrado, colocado em uma maca e logo em seguida começaram a jorrar água sobre seu rosto e o de outras pessoas. Hassan já havia sido entrevistado na semana passada pela emissora de televisão russa VGTRK e o conteúdo veiculado pelo canal foi mostrado na sede do Conselho de Segurança da ONU.
Além de Hassan, os outros moradores afirmaram que não sentiram cheiro de substâncias químicas no dia 7 e que tiveram problemas respiratórios por conta da poeira levantada por bombardeios das forças sírias.
Com os depoimentos dos 15 moradores da região, Rússia e Síria esperam provar sua versão dos fatos: de que o ataque químico denunciado pela oposição e países ocidentais não ocorreu. Ambos os países sustentam que tratou-se de uma encenação promovida pelos Capacetes Brancos, grupo sírio de defesa civil apoiado por EUA e Reino Unido que atua em áreas controladas por rebeldes ao governo de Bashar al-Assad.
A encenação teria como objetivo justificar o bombardeio a instalações que serviriam para produzir e armazenar agentes químicos em Damasco e na cidade de Homs, promovido no dia 13 de abril, pelos EUA, com o respaldo da França e do Reino Unido.
Em Haia, o embaixador russo na Holanda e na Opaq, Alexander Shulgin, afirmou que os depoimentos mostram evidências de que as denúncias de ataque químico em Douma são “completamente nulas e vazias”. “Hoje podemos provar que o vídeo dos Capacetes Brancos foi uma ação encenada”, disse Shulgin.
Os EUA, por sua vez, afirmam ter provas de que o ataque ocorreu e que foi lançado pelas forças sírias. Embaixadores do Reino Unido e da França na Opaq criticaram os depoimentos dados na sede da organização.
“A Opaq não é um teatro. O gesto da Rússia é mais uma tentativa de minar o trabalho da organização, e em particular a missão que investiga o uso de armas químicas na Síria”, disse o embaixador britânico Peter Wilson.
“Não é uma surpresa vinda do governo sírio, que massacrou e usou gases contra seu povo por sete anos”, disse o embaixador francês Philippe Lalliot, que classificou a entrevista coletiva em Haia como “obscena”.
Atualmente, técnicos da Opaq trabalham na investigação da ocorrência do ataque e já colheram amostras em Douma. No entanto, a organização tem capacidade para indicar se encontrou ou não vestígios de armas químicas, mas não para apontar autoria de ataques.
Depoimentos foram dados na sede da Opaq em Haia, na Holanda (Foto: AP/Peter Dejong)
Diplomatas da Rússia e da Síria apresentaram na última quinta-feira, 26, o testemunho de 15 moradores de Douma que negaram a ocorrência do ataque químico relatado em 7 de abril pela oposição síria e a coalizão americana.
O testemunho foi dado em uma entrevista na sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), em Haia, na Holanda. Entre os moradores apresentados, estava o menino Hassan Diab, de 11 anos, que aparece no vídeo divulgado pela oposição síria aparentemente sufocando em uma clínica médica e com pessoas jogando água em seu rosto.
Em seu depoimento, Hassan disse que ele, sua mãe e seus irmãos foram para a clínica após serem instruídos por uma pessoa que gritava “Ataque químico. Ataque químico.”. Na clínica, ele disse ter sido agarrado, colocado em uma maca e logo em seguida começaram a jorrar água sobre seu rosto e o de outras pessoas. Hassan já havia sido entrevistado na semana passada pela emissora de televisão russa VGTRK e o conteúdo veiculado pelo canal foi mostrado na sede do Conselho de Segurança da ONU.
Além de Hassan, os outros moradores afirmaram que não sentiram cheiro de substâncias químicas no dia 7 e que tiveram problemas respiratórios por conta da poeira levantada por bombardeios das forças sírias.
Com os depoimentos dos 15 moradores da região, Rússia e Síria esperam provar sua versão dos fatos: de que o ataque químico denunciado pela oposição e países ocidentais não ocorreu. Ambos os países sustentam que tratou-se de uma encenação promovida pelos Capacetes Brancos, grupo sírio de defesa civil apoiado por EUA e Reino Unido que atua em áreas controladas por rebeldes ao governo de Bashar al-Assad.
A encenação teria como objetivo justificar o bombardeio a instalações que serviriam para produzir e armazenar agentes químicos em Damasco e na cidade de Homs, promovido no dia 13 de abril, pelos EUA, com o respaldo da França e do Reino Unido.
Em Haia, o embaixador russo na Holanda e na Opaq, Alexander Shulgin, afirmou que os depoimentos mostram evidências de que as denúncias de ataque químico em Douma são “completamente nulas e vazias”. “Hoje podemos provar que o vídeo dos Capacetes Brancos foi uma ação encenada”, disse Shulgin.
Os EUA, por sua vez, afirmam ter provas de que o ataque ocorreu e que foi lançado pelas forças sírias. Embaixadores do Reino Unido e da França na Opaq criticaram os depoimentos dados na sede da organização.
“A Opaq não é um teatro. O gesto da Rússia é mais uma tentativa de minar o trabalho da organização, e em particular a missão que investiga o uso de armas químicas na Síria”, disse o embaixador britânico Peter Wilson.
“Não é uma surpresa vinda do governo sírio, que massacrou e usou gases contra seu povo por sete anos”, disse o embaixador francês Philippe Lalliot, que classificou a entrevista coletiva em Haia como “obscena”.
Atualmente, técnicos da Opaq trabalham na investigação da ocorrência do ataque e já colheram amostras em Douma. No entanto, a organização tem capacidade para indicar se encontrou ou não vestígios de armas químicas, mas não para apontar autoria de ataques.
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