VENEZUELA ALERTA DA OMS

Casos de malária na Venezuela sobem quase 70%

Casos de malária na Venezuela saltaram de 240 mil, em 2016, para 406 mil em 2017 (Foto: Twitter)

Um relatório divulgado esta semana pela Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que os casos de malária na Venezuela cresceram cerca de 69% no ano passado, o que eleva os temores de que o surto da doença se espalhe no país mergulhado em crise e em seus vizinhos.

Segundo o relatório da OMS, os casos de malária na Venezuela saltaram de 240.613, em 2016, para 406 mil em 2017. “O que estamos observando hoje é um aumento massivo, que provavelmente chega perto de meio milhão de casos por ano. […] Trata-se do maior aumento de casos já registrado em qualquer parte do mundo”, disse Pedro Alonso, diretor do programa global da OMS para malária.

Alonso apontou a falta de recursos e ineficazes campanhas contra a doença pelo aumento. Ele alertou ainda que venezuelanos que migraram para fugir da crise acabaram levando consigo a doença, o que aumenta o risco de que uma epidemia local se torne continental. “São as Américas, não apenas a Venezuela. Estamos registrando aumento de casos em outros países”, explicou Alonso.

A crise econômica na Venezuela resultou na escassez de 85% dos medicamentos disponíveis no país, hiperinflação, hospitais em condições precárias e migração – na medida em que mais médicos deixam o país. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), atualmente 600 mil venezuelanos residem na Colômbia e 100 mil no norte do Peru.

No Brasil, em Boa Vista, capital de Roraima, 10% dos 450 mil habitantes hoje são venezuelanos. Esta semana, a Secretaria de Saúde de Roraima confirmou 5.750 casos de malária no estado registrados entre 1º de janeiro e 30 de março deste ano. Uma semana antes, o órgão informou que grande parte dos casos registrados no estado era proveniente da Venezuela.

A secretaria informou que tem intensificado as ações para combater a doença, com treinamento de agentes de endemias, secretários municipais, profissionais da atenção básica, microscopistas e bioquímicos.OMS

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