VIDA TEMPO PRECIOSO

A vida é muito curta para perder tempo com a morte

Tempo é muito precioso para gastar de sala de espera em sala de espera (Foto: Pixabay)

Anos atrás, Barbara Ehrenreich parou de fazer check-ups. A escritora americana de 76 anos explica em “Natural Causes”, que quando ela percebeu que era “velha o suficiente para morrer”, não havia uma boa razão para viver uma “vida medicalizada”. Segundo ela, seu tempo restante é “muito precioso para gastar em salas de espera sem janela”.

Barbara não é uma hippie anti-ciência. Ela vai ao médico em casos de emergência. Autora de mais de 20 livros, ela é PhD em imunologia celular.

O que ela questiona é a “ilusão de controle” sobre a vida e a morte vendida pelo setor médico. E isso não inclui apenas os tratamentos que prometem juventude eterna, mas também exames que rastreiam câncer. Um estudo publicado em 2012, pelo New England Journal of Medicine, estimou que entre 1976 e 2008 mais de um milhão de mulheres americanas foram diagnosticadas com tumores que não resultariam em sintomas clínicos.

Graças à ciência e ao crescimento econômico, a expectativa de vida em países ricos é maior do que 80 anos. Para Barbara, a noção de que humanos podem controlar seus corpos é perigosa. Doenças vão acometer a todos eventualmente. Por isso, ela pede que seus leitores passem menos tempo se automedicando.

Para todos os falsos positivos, exames de rastreamentos vão salvar vidas. Outros princípios da medicina preventiva como vacinas e iniciativas anti-fumo salvam ainda mais vidas. Na maior parte do mundo, a falta de cuidado com a saúde é um problema maior do que o cuidado em excesso. É mais fácil para um americano rico se sentir super “medicalizado” do que uma mãe solteira sem plano de saúde.
The Economist

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