A acelerada e irreversível queda na popularidade de Nicolás Maduro

O presidente venezuelano não tem charme o suficiente para acalmar seus eleitores (Foto: Wikimedia)

Quaisquer que tenham sido seus terríveis defeitos, Hugo Chávez não os escondeu quando era o líder enérgico e diligente da Venezuela. Assim como Fidel Castro quando desempenhou um papel semelhante em Cuba. Um líder político forte em um momento de crise precisa ter carisma. Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, não tem nenhum.

Sua impopularidade ficou ainda mais visível em 2 de setembro, quando o carro da presidência e os de sua comitiva chegaram à localidade de Villa Rosa na ilha de Margarita. Villa Rosa tem uma tradição de esquerda e foi um forte reduto pró-governo. Mas quando os moradores souberam que o presidente iria visitar o local reagiram com um show de cacerolazo, no qual bateram panelas e gritaram insultos.

Ao ouvir o barulho, Maduro tentou usar seu charme para acalmar as pessoas, como seu antecessor teria feito. Mas as vaias aumentaram. Depois de alguns cumprimentos bruscos, Maduro atravessou a multidão com um ar desafiador.

Porém, na verdade, parecia que estava fugindo.

Em 1º de setembro a oposição venezuelana reuniu centenas de pessoas em uma manifestação nas ruas da capital, apelidada de “Tomada de Caracas”. Apesar de o governo ter fechado as estradas e os meios de transporte, 1 milhão de manifestantes protestaram nas ruas. No entanto, talvez ainda mais importante, a manifestação foi uma prova que o chavismo foi superado pela oposição. Mas Maduro não aceita esse fato incontestável.

Um decreto da Suprema Corte nomeada pelo governo, que invalida todas as decisões futuras da Assembleia Nacional foi uma solução política evasiva, pelo menos enquanto Maduro permanecer na presidência. Será que seus companheiros vão descartá-lo?

Vladimir Villegas, um ex-embaixador que tem atuado como intermediário nas negociações entre o governo e a oposição sugeriu essa hipótese. Villegas disse ao jornal colombiano El Espectador, que as autoridades no poder estão enfrentando a “nova realidade” do fim do mandato. Alguns veem Maduro como uma figura política dispensável, comentou. Um movimento não deve ser sacrificado por causa de “uma liderança desgastada”.The Economist

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