Sarampo é erradicado das Américas

O último caso de sarampo endêmico, ou seja, que não foi importado de outras áreas, no hemisfério foi em 2002 (Foto: Pixabay)

O continente americano é o primeiro do mundo a ficar livre do sarampo, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A informação foi oficializada na última terça-feira, 27, pelo Comitê Internacional de Peritos de Documentação e Verificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita nas Américas.

Geralmente, para que uma doença seja considerada erradicada são necessários três anos, mas no caso do sarampo, foram necessários 14. Dentre os motivos para a demora estão: a comunicação ruim entre entidades nacionais e regionais de saúde e o grande número de imigrantes não vacinados em algumas regiões.

Desta forma, o sarampo se tornou a quinta doença prevenível por vacinação a ser eliminada nas Américas. Primeiro, houve a erradicação da varíola, em 1971; depois a da poliomelite, em 1994; e a da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, em 2015.

Em 2015, foram notificados 244.704 casos de sarampo no mundo, sendo mais da metade na África e na Ásia. Antes da vacinação maciça em 1980, o sarampo causava cerca de 2,6 milhões de mortes por ano no mundo. Entre 1971 e 1979, foram cerca de 100 mil óbitos apenas nas Américas.

O último caso de sarampo endêmico, ou seja, que não foi importado de outras áreas, no hemisfério foi em 2002. Entretanto, como o sarampo continua circulando em âmbito mundial, alguns países haviam notificado casos importados. Entre 2003 e 2014, o número total de casos de sarampo importados ou relacionados à importação do vírus chegou a 5.077 no continente. No Brasil, surtos isolados e ligados a vírus importados começaram em 2013 e registraram os últimos casos no ano passado. O Comitê Internacional de Peritos teve então que esperar a comprovação das evidências da interrupção antes de anunciar a eliminação da doença na região. A Opas já tinha declarado o sarampo eliminado no Brasil em julho.

O sarampo é uma doença contagiosa, que afeta principalmente as crianças. A doença é transmitida por gotas de saliva procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas. Os sintomas incluem febre alta, erupção generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. No entanto, o sarampo pode causar complicações graves como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.

A Opas ressalta que, para manter a eliminação do sarampo, todos os países das Américas devem fortalecer a vigilância ativa e manter a imunidade de sua população por meio da vacinação.Agência Brasil

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