Opep concorda em reduzir produção de petróleo

Acordo foi firmado na última quarta-feira, 28 (Foto: Pixabay)

Pela primeira vez desde 2008, os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) concordaram em cortar a produção de petróleo. O acordo foi firmado na última quarta-feira, 28, em uma reunião informal do grupo em Argel, capital da Argélia.

A princípio, o corte limitará a produção em até 33 milhões de barris por dia, o que representa uma redução de 2,2% da produção atual. A notícia foi suficiente para fazer o barril de petróleo abrir esta quinta-feira, 28, cotado em US$ 49, o maior valor registrado nas últimas 12 reuniões da Opep.

A acordo da Opep é um alento para países produtores, como Brasil e Venezuela, que tiveram suas economias severamente afetadas pelo chamado colapso do petróleo. No entanto, ele pode ter poucos resultados positivos e ainda há a possibilidade de nunca entrar efetivamente em vigor.

Primeiro, porque o corte de produção somente entrará em vigor após a reunião formal da Opep, prevista para 30 de novembro em Viena. Segundo, porque o petróleo produzido pela Opep perdeu a relevância à medida que a produção de petróleo aumentou em outras regiões como no interior da Sibéria, e fontes como o gás de xisto, que tem quase a mesma composição do petróleo passaram a ser exploradas nos EUA. Este último fator, aliás, foi responsável pela decisão da Opep de aumentar a produção para manter sua fatia no mercado à frente dos produtores de xisto americano.

Além disso, a Opep tem entre seus membros alguns rivais regionais como o Irã e a Arábia saudita, o que tornará difícil decidir em novembro quem será o primeiro a cortar a produção e quando.Financial Times

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