Governo colombiano e Farc assinam histórico acordo de paz

Pacto será assinado pelo presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri (Foto: Yenny Muñoa/ CubaMINREX)

Após quatro anos de negociações, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinarão na tarde desta segunda-feira, 26, o acordo que põe fim a um conflito de 52 anos. O documento, que foi firmado em 24 de agosto em Cuba, será assinado na cidade de Cartagena pelo presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”.

A cerimônia contará com mais de 2 mil convidados, incluindo 40 integrantes da guerrilha e chefes de Estado. Entre os convidados estão o ditador cubano Raúl Castro (principal mediador do acordo) e os presidentes Nicolás Maduro (Venezuela), Michelle Bachelet (Chile), Evo Morales (Bolívia), Mauricio Macri (Argentina), Rafael Correa (Equador) e Enrique Peña Nieto (México). Também estarão presentes o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o rei emérito da Espanha, Juan Carlos, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, José Serra, além dos ex-presidentes Felipe González (Espanha) e José “Pepe” Mujica (Uruguai) e um representante do Vaticano.

O acordo de paz contempla o desarmamento da guerrilha e a transformação dela em movimento político, dando o direito de ocupar dez assentos no Congresso da Colômbia. No entanto, para entrar em vigor, ainda é preciso ser aprovado em um plebiscito que será realizado em 2 de outubro.

As pesquisas mais recentes indicam a vitória do “sim” na consulta popular. Para este plebiscito especificamente, será necessário 13% dos votos para que o acordo seja aprovado, o equivalente a 4,5 milhões de votos. O patamar baixo se deve a um pedido da Corte Constitucional, usando como justificativa a taxa alta de abstenções nas últimas eleições – o voto no país não é obrigatório.

Durante 52 anos, o conflito entre o governo e a guerrilha provocou a morte de mais de 220 mil pessoas. Foi o conflito mais longo das Américas.Folha

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