DONALD TRUMP - Um insurgente na Casa Branca

Donald Trump usa o caos como recurso político (Foto: Flickr/Gage Skidmore)

Washington está à beira de uma revolução. O cenário sombrio já estava no ar dias antes de Donald Trump jogar seu primeiro coquetel molotov de políticas e decretos nos brancos mármores da Casa Branca e do Capitólio.

E ele não retrocedeu. Retirou os EUA da Parceria Transpacífica, exigiu a revisão do Nafta e a construção de um muro na fronteira EUA-México, reformou a lei de imigração, se uniu à Rússia e a políticos britânicos pró-Brexit, esfriou a relação americana com a União Europeia, defendeu o uso de tortura em prisioneiros e atacou a imprensa.

Em política, normalmente, o caos leva ao fracasso. Mas nesse caso, o caos parece ser parte do plano de Trump. Promessas que pareciam exageradas em campanha, agora, se concretizam em uma reviravolta séria e mortal capaz abalar a capital americana e o mundo.

Para entender a insurgência de Trump é preciso começar com o uso da indignação. Em um país dividido como os EUA é atualmente, onde o outro lado do discurso não somente é visto como errado, mas também como maligno, o conflito se torna um recurso político. Quanto mais Trump usava seus discursos políticos para ofender opiniões expressadas educadamente, mais convencia seus eleitores de que ele, realmente, seria a pessoa que livraria Washington da classe política ambiciosa e traiçoeira.

Americanos que rejeitam Trump naturalmente são os que mais o temem o que ele pode fazer com os EUA. Eles estão certos em se preocupar. Porém, ainda podem contar com a proteção das instituições e da lei do país. Já em relação à comunidade internacional, há pouco controle sobre Trump. E as consequências disso podem ser graves.

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