CIÊNCIAS ESTUDO

Cientistas descobrem 44 novos vírus mais abundantes nos oceanos

EFE/Zhou Chao

Uma pesquisa internacional descobriu os vírus mais abundantes em todos os oceanos do mundo, entre eles 44 desconhecidos até agora mediante a aplicação de técnicas avançadas que misturam citometria de fluxo e técnicas de genômica e biologia molecular.

"Este achado permitirá descobrir vírus patógenos emergentes, impossíveis de cultivar em laboratório por dificuldades técnicas. Deste modo, esta técnica nos proporciona a informação genômica de cada vírus, sendo possível saber de qual vírus se trata", explicou o líder do estudo, Manuel Martínez García, pesquisador do grupo de Ecologia Microbiana Molecular da Universidade de Alicante (leste da Espanha).

Por sua vez, outro participante, o chefe da Unidade de Citometria do Fluxo da UPF e do CRG de Barcelona, Òscar Fornas, detalhou que a nova técnica "não só serve para descobrir novos vírus ou ver a ecologia de grandes grupos de vírus nas amostras estudadas, senão que também senta as bases para estudar os diferentes vírus presentes em um ecossistema concreto".

Os cientistas tinham pistas, mas até agora desconheciam quais eram alguns dos vírus mais abundantes nos oceanos do planeta. O estudo abre passagem para pesquisar outros ecossistemas.

"Não só serve para descobrir novos vírus ou ver a ecologia de grandes grupos de vírus nas amostras estudadas, mas também senta as bases para estudar os diferentes vírus presentes em um ecossistema concreto, como o corpo humano, e aqui é onde radica grande parte do futuro deste projeto ou de possíveis projetos emergentes", detalhou o pesquisador.

Agora, e após detectar os vírus em meios aquáticos, os pesquisadores estão aplicando os mesmos com amostras humanas, como a saliva.

"Esta é a primeira vez que se faz o estudo genômico de partículas viróticas individualizadas de maneira eficiente", acrescentou Fornas.

Publicada nesta sexta-feira pela revista "Nature Communications", a pesquisa foi liderada pela Universidade de Alicante, com a colaboração de especialistas da Universidade de Ohio e do Centro de Pesquisa Marinha Bigelow Laboratory for Ocean Sciences, ambos dos EUA, e de várias instituições de Barcelona.EFE

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